Quarta-feira 23/12/2009
Há uns dois meses atrás, quando comecei a fazer minhas caminhadas, com duração de uma hora, previamente programadas para ocorrerem nas terças e quintas-feiras, eu ficava muito impressionado como os velhinho(a)s (bem mais velhos do que eu) me ultrapassavam com facilidade na pista. O brabo é que, olhando para o passo deles, dava para notar nitidamente a vagareza com que eles caminhavam: logo eu era uma lesma me arrastando na raia.
O Álvaro, meu iniciador e colega de caminhadas, me recomendou escolher um destes velhinhos como “coelho” e seguir suas pegadas sem deixar ele se distanciar, para conseguir manter um ritmo. Não consegui, sou muito distraído. Quando eu percebia o meu coelho já tinha fugido da vista e ia longe e, segundo a gozação do Álvaro, eu passeava na pista olhando os passarinhos do arvoredo, parecendo que estava olhando vitrine num shopping. Ele próprio, ao final de uma hora, dava duas ultrapassagens na pista sobre mim.
O Jalba, que é um caminhador-corredor sistemático, lá das praças públicas da Vila Jardim, me forneceu sua planilha de excel (sua especialidade na área da informática) de controle dos tempos de voltas de caminhadas na pista, medidos pelo cronômetro do seu celular. Sua performance tem sido de 6km percorrido numa velocidade média de 6,2 km/h. As minhas tomadas de tempo indicam que início fazendo uma volta em 4min49seg na pista de 421 metros, e consigo reduzir (com o máximo de esforço de concentração) para 4 min35seg, que é o meu melhor tempo até agora, com este meu tênis velho.
Segundo o meu PGQP, a performance da minha melhor volta resultaria numa velocidade média de 5,5 km/h e eu percorreria 13 voltas totalizando 5.478metros, que era a velocidade que eu fazia na esteira nos meus tempos de quarentão (mas apenas por meia hora), quando freqüentei por uns dois anos a academia de ginástica Sal da Terra. Assim, a minha primeira meta será fazer o meu melhor tempo de volta ser o meu tempo médio, a fim de obter a velocidade média real de 5,5 km/h dos velhos tempo pelo dobro da duração.
Mas, já deu pra perceber que, assim como na “Fórmula 1”, reduzir 15 segundos na volta média não é moleza! E como o cronômetro do meu celular não disponibiliza os tempos por cada volta e também não salva na memória, e o meu tênis não ajuda, já que está até costurado na sola pelo meu sapateiro (que é um artista artesanal), é que resolvi pedir para o Papai Noel estes equipamentos, para me aparelhar e incorporar definitivamente esta cultura de caminhante aeróbico a fim de praticá-la na minha futura rotina de aposentado. Estou buscando construir com riqueza de opções saudáveis e criativas uma rotina interessante para a minha nova vida.
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