PAIS & FILHOS & CASAIS NO DMAE

Certa vez o Engº Souto, então Superintendente de Operações e hoje também aposentado, disse que a DVM se caracterizava por ser o único lugar do DMAE onde os funcionários praticamente não mudam de local de trabalho ao longo de toda a vida profissional. Constituem uma vivência familiar, pois as mesmas pessoas acabam convivendo por décadas consecutivas, devido às especificidades técnicas dos ofícios e cargos que só existem na Manutenção, cuja memória coletiva tenho procurado resgatar através das crônicas deste blog.
Analogamente costuma-se dizer que o Dmae é uma grande família, e refletindo sobre a sacada do tema, constatei que além desta vertente da convivência prolongada, mais duas contribuições sociológicas confirmam literalmente esta tese de Grande Família do Dmae. Uma trata-se do fenômeno do trabalho simultâneo de pais & filhos. Para melhor visualizar quantitativamente esta realidade sociológica de “família do  ambiente de trabalho”, resolvi listar todos os casos e achei impressionante a grande quantidade de  “pais & filhos” que trabalharam na DVM.
             Vejam vocês os seguintes casos de filhos & pais respectivamente: o Neblina é filho do Oswaldo Cerração, o Lazzarin Lobão é filho do Sady Raposão, o Daniel é filho da Eny Pinóquio, o Isaias e o  Eliseu  são filhos do Pedro Amiguinho, o Reis e o Luis Olavo são filhos da Olavo Marrequinha, o Adriano é filho do Paulo Chatinho, o César Amarelinho é filho do Nelson Shunck, o Marco Cadela é filho do Fernando Manjerona (e sobrinho do Ernani, ex-Conservação), o Werner Fiapo é filho do Olírio Liquinho...
Ainda tem mais os casos de filhos de pais de outras divisões do Dmae, tais como os numerosos irmãos Jorge Cafu, Aurélio Charuto, Victor (irmãos da Bela da DVA)  que são filhos do Getúlio (falecido boêmio e tocador de cavaquinho da DVA); tem também o Fernando  e o seu irmão Cláudio da DVL, os quais  são tios da Ruth da  DVO e são filhos do Luis Ouriques (falecido desenhista que criou o logotipo oficial do Dmae). Assim, fica registrado nos anais que a história da Divisão de  Manutenção de Equipamentos Operacionais do Dmae foi construída por gerações de trabalhadores que literalmente passaram de pai para filho a continuidade desta obra familiar.
            Mas esta ocorrência de “pais & filhos”, se considerada no âmbito de todo o DMAE, incluindo “pais & mães para filhos & filhas”, é muitíssimo maior e se constitui numa realidade que nem temos a real dimensão. Todavia podemos iniciar aqui um processo interativo de enumeração dos casos conhecidos para também constarem nos anais da história do Dmae. Começando com o caso dos  Lidsons (Lidson pai & Lidson  filho) em que a mãe Janete também é dmaeana, seguindo com a Rosana  e Raul filhos do aposentado  Rui Pacheco, a Elisa Lautert filha da  Ingrid, o Jalba que é filho do Ébio da Rosa que até já virou nome de reservatório do Dmae, o  Eduardo que é filho do Antônio Barros Northefleet; tem também o filho do Coelho aposentado que é o Coelho da DVL (filho de coelho, coelho é!)....
Na época da postagem original desta crônica de “pais & filhos”, que estou fazendo um remake aqui para juntar com o tema dos “casais dmaeanos”, uma mensagem da  Rosana Oliveira da Rosa informou que o seu irmão (Raul) que é mestre de obras, também é funcionário há 18 anos. Ela contribuiu mais com mais os seguintes “pais & filhos & irmãos”: A familia Mackenzie que é grande, o pai Seu Pedro é aposentado e os filhos são o Jorge Renato e o Pedro Sergio (ambos Mestre de Obras), mais o Paulo (leiturista) e o João Alexandre (DVC). O mestre de obras Adroaldo também é aposentado e os seus filhos são Cláudio (continuo DG ou COJ) e tem outro que é guarda municipal do Dmae. O André Monks tem o pai Luiz Alberto (DVI). Tem o Zé (Guarda) que o pai é aposentado. Tem o João Reus (Repavi) que o pai é é o aposentado seu Inocêncio. Tem muito mais, conforme eu vou lembrando eu me manifesto...(Valeu, Rosana!).
 Esta característica de Grande Família do corpo funcional do Dmae não só vem de pais para filhos trabalhando simultaneamente na autarquia, como também se forma pelo viés dos casais de namorados que se formam no ambiente de trabalho.  Eu próprio, há 20 anos atrás, quando exercia a atividade de chefiar a Repavimentação, de tanto dar em cima dos fiscais exigindo desempenho e eficiência no tapa buracos do Dmae pela cidade, acabei “assediando” a ruiva fiscal da Distrital Centro, e apaixonadamente a assumi como minha mulher. Desde então temos sido felizes para sempre, pois foi uma repavimentação bem feita que não deu refazer. Estas predestinações escritas nos mapas astrológicos, como o encontro de Celso e Magda, há em dezenas de outros casais predestinados que se formaram e se juramentaram nos altares, confessionários e sacristias pagãs do ambiente de trabalho, sob às bênçãos do “São Dmae Casamenteiro”, tais como: Elizete e Roberto, Valdir e Magda, Milton e Maria, Rosana e Luiz, Aloma e Darci, Melo e Carla, Marcos e Jovanes, Marisa e Alexandre, Edison e Paula, Ester e Prado, Ana e André, Mainieri e Geneci, Tupi e Vera, Leontina e Antônio, Carla Altério e André, Carla Rodrigues e Jorge, Marjorie e Henrique, Tavanielo e Fantinel...
Como esta lista é de uma postagem feita alguns anos atrás, é bem possível que alguns desses casais já estejam desfeitos, bem como deve haver tantos outros novos casais que tenham se formado neste período. Caro leitor, participe interativamente complementando este inventário do blog com outros casos de  de “casais dmaeanos” e de “pais & filhos & irmãos” que trabalham ou trabalharam por esse imenso Dmae...

A HORA DE PENDURAR AS CHUTEIRAS

Lembram do antigo centroavante goleador Túlio Maravilha? Então, depois de jogar no Botafogo, Corinthians e no exterior, com 44 anos Túlio segue workaholic, um jogador compulsivo de futebol, agora num clube da Segunda Divisão Estadual em Espírito Santo. Como eu dizia em minhas Reflexões sobre Estratégia de Pré-Aposentadoria, postada aqui em janeiro/2011, cada um sabe onde o sapato lhe aperta, não há uma estratégia melhor do que a outra, você é quem decide qual será a sua estratégia pré-aposentadoria e o momento certo de saltar fora e dependurar as chuteiras.

Túlio Maravilha diz que tem o dom de estufar as redes, e que nenhum outro objetivo poderia realizá-lo mais do que atingir a marca de mil gols marcados... No meu caso, fui com cuidado para não sair correndo e acabar cambaleando por falta de dinheiro, mas não tão cuidadoso para não cair na cilada de ficar trabalhando 8 horas por dia de graça por medo da vida no além-Dmae! O certo é que na “Hora H” do “Dia D” de pendurar as chuteiras todo mundo fica sujeito a  “amarelar”, de levar medo de correr atrás do seu “Sonho de Liberdade”...
Túlio diz que sente saudade dos seus tempos de astro, em que as gurias “tulietes” viviam correndo atrás dele... Mesmo duvidando, considerava que era possível que eu também viesse a sentir falta até das manhãs de sábados e domingos em que acordava cedo e ficava enjaulado no meu local de trabalho para fazer os plantões de engenheiros, em troca de alguns trocados a mais no salário. Também imaginava, sem acreditar, que poderia sentir falta inclusive do relógio-ponto que eu tanto odiava; e que nas tardes de domingo poderia sentir falta da indesejada proximidade da manhã de segunda-feira, dia de retomada da eterna rotina semanal do mundo do trabalho... Contudo, quando a minha hora de pendurar  as chuteiras chegou, em verdade, eu já  estava jogando um tempo complementar de prorrogação de seis meses do prazo, já sentia câimbras emocionais e pedia pra sair! Hoje, dois anos e meio depois, verifico que não senti falta de nada disso, pelo contrário!
           Segundo as contas do próprio Túlio Maravilha, ele já estaria com 999 gols  e vivendo a intensa expectativa de estufar as redes pela milionésima vez, marca alcançada apenas por Pelé e Romário...Depois de eu ter adquirido direito à alforria em julho de 2010 e de  ter planejado sair somente depois de fevereiro de 2011, para não sentir a sensação de rombo financeiro com o corte imediato da grana do Abono Permanência, refleti muito e decidi que era chegado o momento de eu pendurar a  chuteira. Francamente, sem falsa modéstia, sei que nunca incorporei completamente o capacete branco de engenheiro, não estive entre os melhores em toda a minha passagem profissional. Mas, mesmo sem explorar todo o meu potencial, dei pro gasto, joguei a minha bolinha sempre pra equipe e, quando surgia oportunidade, fazia algumas jogadas espetaculosas de efeito na área gerencial e de gráficos e relatórios!
O interminável jogador de futebol Túlio Maravilha diz que só vai pensar em se aposentar depois do Milésimo Gol, mesmo assim já tem nome para o gol 1.001 e outro em mente para o 1.002... Considero que também fiz alguns poucos golaços nos meus 36 anos de carreira de servidor público, tais como a fundação da entidade pré-sindical dos servidores municipais denominada Associação dos Municipários de Porto Alegre (AMPA), depois metamorfoseada em SIMPA, a Intervenção no Montepio dos Funcionários Municipais para fazer auditorias e detectar as falcatruas que ocorriam por lá com o dinheiro dos servidores, a implantação dos sistemas de poços artesianos nas vilas Pitinga e nas Quirinas, a  informatização dos serviços de repavimentação do DMAE na década de 90, a gestão por indicadores de eficiência como diretor da Manutenção, e por fim a constituição da Comissão Interna de Controles de Energia Elétrica (CICEE) visando a eficiência do consumo e redução de custos.... Mas quando chegou a Hora H do meu Dia D não tive dúvidas de inventariar o que mais gosto de fazer e, feito um aposentado workaholic, estipular uma meta: RUMO AO MILÉSIMO POEMA!

QUANDO SOMOS PAIS DE NOSSOS PAIS

Com muita sorte, nós aposentaNdos vivemos o rito de passagem de nos tornarmos os pais de nossos pais, salvo os casos de orfandades repentinas e precoces em que os pais não morrem de velhice generalizada, e nos deixam sem termos tempo e condições de lhes darmos a merecida atenção antes deles partirem de nossas vidas. Fabrício Carpinejar captou poeticamente esta passagem em sua crônica “Pai de meu pai: ...É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como levantar sozinho. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, tudo é longe. É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa. É quando aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz. O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que o seu filho está ali, ao seu lado.”
Em 2011 eu construí as condições exigidas  para abrir uma passagem para o portal do domínio do meu tempo, com o ganha-pão garantido pela aposentadoria do engenheiro que fui, tenho me dedicado a ser um pouco pai de minha mãe. O mesmo fenômeno cármico está ocorrendo com a minha mulher, que em agosto de 2013 conquistou o direito trabalhista à alforria da sina de ter que cumprir cargas de trabalhos diários para garantir o seu sustento, podendo se aposentar  a qualquer momento que quisesse.  Contudo, para a Magda sair sem perdas financeiras, que é o que todo mundo almeja, faltava ainda ela conseguir incorporar a recém criada Gratificação por Desempenho de Atividade Essencial (GDAE) ao salário, para tanto faltariam mais doze meses de trabalho, até julho de 2014.
 Porém os astros conspiraram pela soltura em caráter de emergência das suas amarras trabalhistas,  com a vida se encarregando de fazer surgir-lhe uma demanda familiar emergencial. Exigida pelas circunstâncias, necessitou propiciar um processo de dignidade ao seu pai que, caducando, se dirige atrapalhado para a fatídica barreira dos noventa anos de idade. O Seu Gugo, o pai da Magda, entrou derrapando no triste purgatório da falta de autonomia da quarta idade (a velhice senil)), quando precisamos ser pais de nossos pais; conforme a inspirada crônica do Carpinejar: Fase de retribuir o amor com a amizade da escolta. 

O Seu Gugo foi um comerciante durante toda a vida, e há mais de quarenta anos esteve atrás de um mesmo balcão comprando de fornecedores e vendendo para consumidores na sua loja na Avenida Alberto Bins. Decaiu, ao  longo do tempo, do comércio de novidades estrangeiras para o de peças de fogão a gás e liquidificadores. Ele precisava ser convencido gradativamente de que era chegado o momento de fechar as portas, liquidar o estoque, desocupar a loja alugada e dar baixa na sua pessoa jurídica, registrando o óbito de sua empresa com toda a dor do luto de quem está morrendo junto como pessoa física. Era preciso abandonar a vizinhança que povoava a sua vida de vozinho solitário. E alguém precisava fazer isto por ele e com ele, de forma que o seu luto incapacitante fosse elaborado da melhor maneira possível. Para cumprir esta missão ela surpreendeu a todos os seus colegas do Dmae, antecipou em um ano o seu pedido de aposentadoria e, com isso, abriu mão de vantagens financeiras que teria pelo resto da vida. Coube à filha ser mãe de seu pai, coube à Magda cuidar de seu Gugo.
Assim, todas as planificações que fizemos pré-aposentadoria podem ser atropeladas (o que pode acontecer com qualquer um de nós), e de repente nos vermos lançados numa grande missão com integral envolvimento físico e emocional. Primeiro, sem saber a gravidade e a dimensão da enfermidade do Seu Gugo, ela foi usufruindo todas as férias e licenças prêmios que dispunha; depois percebeu que não tinha mais volta, que teria que se jogar de corpo e alma para conduzir pelo braço aquele que a levou pela mão durante toda a sua infância. Sem tempo nem oportunidade de se despedir nem de elaborar seu próprio luto pela perda repentina do seu ambiente e colegas de trabalho, no turbilhão das circunstâncias a Magda seguiu o seu instinto maternal de acolher o seu nenê idoso: adotou o seu velho pai para adaptá-lo carinhosamente ao novo ciclo da existência, ao ciclo de dependência de cuidadores.
Quando a mente envelhecida penetra dentro de uma névoa, quando os olhos já não distinguem com nitidez a realidade tomada de vultos e esquecimentos, quando a audição enfraquecida isola a velhice senil numa ilha de silêncio, quando as pernas cambaleantes provocam tombos perigosos e tudo fica longe,  é quando a perda de auto-suficiência dos nossos pais os tornam nossos filhos. Isso é um ônus e um prêmio, pois só acontece para aqueles que têm a sorte grande de ainda terem seus pais vivos, e isso todos gostaríamos de ter para sempre.  A propósito, Carpinejar sentencia: Feliz do filho que é pai do seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Li em algum lugar que a última fronteira da vida é quando nos tornamos órfãos adultos, quando ficamos sem pai nem mãe, quando não há mais nenhuma geração se interpondo entre nós e a morte. É quando nós passamos a ser a bola da vez, é quando se inicia o rito do prelúdio do fim. É quando nós, os recém ou quase idosos, que já fomos pais de nossos pais, provavelmente nos destinamos para o derradeiro rito de passagem existencial, que é o de também nos tornarmos filhos dos nossos filhos antes de partirmos desta vida, queiramos ou não!...

A GRANDE ONDA #VEMPRARUA!

A ex-ministra Marina Silva acusou o golpe baixo sofrido pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar o registro partidário à Rede Sustentabilidade. No mínimo é de causar estranheza a facilidade com que outros novos partidos tiveram aceitas pelos cartórios eleitorais suas assinaturas de apoio. 
Por exemplo, o idealizador e dono do novo partido Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força Sindical,  que já foi condenado por improbidade administrativa, teve a criação da sua legenda envolvida em polêmica nacional de fraudes na coleta de assinaturas de apoio pelo país, mas foi aceito pelos mesmo TSE dias antes da rejeição do partido da  Marina.
 Sem apresentar justificativas foram impugnados mais de 90 mil apoiadores da Rede Sustentabilidade; talvez até o meu apoio para a criação do novo partido tenha sido cassado. Alguém é tão ingênuo de acreditar que o grande potencial e fenômeno eleitoral que é a Marina Silva, ao ponto dela constituir uma ameaça à candidatura oficial para a presidência da República, não teve nenhuma influência para haver este rigorismo burocrático cartorial  no julgamento e nas impugnações dos apoiadores da Rede?...Hein?... Fala sério!
Sou agnóstico e apartidário, mas confesso que me interesso pelas questões religiosas que envolvem a reencarnação neste planeta e gosto do jogo político, da política como um jogo de tabuleiro de movimentação estratégica de peças. Quando a ex-senadora Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente do primeiro governo Lula, trouxe toda a sua história de luta amazônica junto com o Chico Mendes para o Partido Verde do Gabeira, eu tentei me iludir que estava se formando o tsuname da esperada Grande Onda Verde.
        Cá entre nós, como uma pessoa evangélica Marina Silva tem incontornáveis limitações teológicas no campo científico da pesquisa genética de células tronco, na manutenção de um Estado laico; também na área dos comportamentos sociais, tais como na questão do aborto e da homossexualidade. Portanto Marina Silva, lamentavelmente, não consegue agregar o suficiente em sua campanha política de evangelização para formar a grande onda verde profetizada que esperamos. Mas bem feito, tanto sacanearam para inviabilizar a candidatura dela que ela resolveu revidar ao Palácio do Planalto fortalecendo o azarão que corria por fora. Mataram a sua candidatura, mas ela morreu ressuscitando o morto Eduardo Campos, marqueteiro do PSB que agora, com a adesão dela, entra de vez no páreo pra disputar nas cabeças como um tipo de new Aécio Neves repaginado ao estilo Collor de Melo!
Contudo, novas forças, lideranças e práticas políticas estão surgindo a partir das Vozes das Ruas gritadas durante o mês de junho, agregando outras bandeiras de lutas #urgentes (como reformas  políticas através de uma “Constituinte Exclusiva”) para formar a Grande Onda Verde Libertária. A história se repete avançando e construindo novas ferramentas de lutas, assim como no seu momento histórico construiu o Partido dos Trabalhadores, feito com caras novas que, ao se misturarem com as velhas  raposas, já não se distinguem mais uns dos outros. Por isso mesmo, assim como no passado, a cultura militarista permanece fortalecida com suas máscaras e escudos de defesa e armas físicas e químicas de ataque, e que agora também vandalizam a legislação. 

Conforme o professor da PUCRS e juiz de direito Ingo Wolfgang Sarlet: Legislação que proíba o uso de máscaras importa em restrição ilegítima da liberdade de reunião e manifestação. Embora a Constituição expressamente proíba o anonimato, tal proibição não resulta inconciliável com a possibilidade de uso de máscaras. Desde o período das tragédias gregas o uso de máscaras assume precisamente uma determinada forma de expressão do pensamento popular, quer  seja carnavalesco, religioso ou político. Pelo outro lado, espiões da polícia militar infiltrados nos movimentos são reiteradamente flagrados forjando incriminações dos ativistas, e estão realizando processos judiciais caracterizados pelos partidos de esquerda como perseguições políticas, com autorização judicial  para vasculhar a casa e a vida das pessoas; inclusive apreendendo livros do Bakunin (eu tenho vários!) como prova criminal suficiente. Está havendo uma caça às bruxas pela polícia civil e pelo insubordinado militarismo que não se submete nem à Comissão da Verdade, com o amém dos governos para criminalizar os Movimentos Sociais. 
Com esta moçada medonha que se mantém em luta permanente, enfrentando as forças de repressão e pressionando as câmaras legislativas e os palácios dos governantes, a defesa do meio ambiente planetário pelo desenvolvimento sustentável com democracia real há de ser uma distinção inconfundível de racionalização da política e da vida sem fronteiras!...A Grande Onda Verde Libertária e Participativa ONLINE continua sendo o sonho possível de ser  sonhado hoje por nós de esquerda, juntamente com os nossos filhos e netos, com a preocupação de minimizarmos a depredação  da qualidade de vida dos netos dos nossos filhos: #Vemprarua!