AS MÁS NOTÍCIAS DO MEIO AMBIENTE BRASILEIRO

Agapan - Ato rejeita demolição da sede
       Ambientalistas de diversas ONGs, artistas e políticos estiveram junto com a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) no ato de protesto à demolição da sede da entidade, que ficava no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre.
         O conselheiro da Agapan, arquiteto José Guilherme Fuentefria lembrou que a sede demolida foi edificada com toras e costaneira e tinha telhado ecológico. Fuentefria lembrou que a Agapan tem cessão de uso do terreno por 20 anos (desde 2002), expedido pela prefeitura. A Agapan, fundada por José Lutzenberger, Augusto Carneiro, Hilda Zimmermann e Flávio Lewgoy e outros, é a primeira organização ecológica do Brasil e da América Latina.
Na caminhada, clamavam: "Vida longa à Agapan" e "Não vai ser hoje, nem amanhã, que vão podar a luta da Agapan". O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Proteção ao Meio Ambiente, que pretende até o final do mês concluir o inquérito para apurar responsabilidades.

CACIQUE RAONI CHORA PELO RIO XINGÚ
        A presidente Dilma acabou de aprovar a construção de Belo Monte, a barragem que irá devastar uma grande área da Amazônia, destruindo o Rio Xingú. O cacique Raoni chorou ao prever o futuro do povo caiapó, que será duramente afetado pela represa.
        A emissão da Licença de Instalação da Usina de Belo Monte pelo IBAMA se deu antes que o empreendedor tivesse cumprido as condicionantes impostas pelo próprio órgão. Não foram resolvidos os problemas de qualidade da água e de navegabilidade do rio, entre outros tantos.

   Agora as lágrimas do Cacique Raoni estão inspirando milhões de pessoas a agir para impedir Belo Monte, e nós podemos ajudar a fazer a diferença. Vamos apoiá-lo e gerar um grande volume de ligações para a presidente Dilma pedindo para ela impedir a construção de Belo Monte e defender a Amazônia!
  Estes são os números de telefone para ligar para a presidente Dilma: (61) 3411-1225 - (61) 3411-1200 - (61) 3411-1201 –  Apoie a comunidade da Avaaz: www.avaaz.org/po/contact

Governo vai reduzir áreas de proteção na Amazônia
O governo vai reduzir sete unidades de conservação na Amazônia para permitir a construção de seis hidrelétricas - uma delas seria a quarta maior do país. O palco da nova investida energética do Planalto é o vale dos rios Tapajós e Jamanxim, no Pará, uma das áreas mais preservadas e mais biodiversas da floresta. O movimento acontece num momento em que o Brasil sofre pressão internacional por causa do aumento no desmatamento, relacionado ao Código Florestal, e do licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu. Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade), a ideia do governo é fazer um projeto de lei ou Medida Provisória determinando a redução das áreas protegidas até agosto. Documentos internos do instituto, obtidos pela Folha de São Paulo, mostram que a proposta foi feita sem estudos técnicos.

A Semana do Meio Ambiente
        O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente em 1972. O governo brasileiro também decretou que neste período em todo território nacional se promovesse a Semana Nacional do Meio Ambiente.


A Semana do Meio Ambiente costuma ser um momento de valorização da agenda ambiental. Este ano, esta foi uma semana inconveniente, pois  foi palco de importantes debates com resultados terríveis para o meio ambiente. O mais polêmico é, sem dúvida nenhuma, o projeto de lei (PLC 30/2011) aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados e que altera profundamente o Código Florestal.
A anistia àqueles que ocuparam as Áreas de Proteção Permanente (APPs) de forma irregular com atividades agropecuárias e os incentivos a novos desmatamentos contidos no projeto, afetarão de forma irreversível o que foi conquistado a duras penas nos últimos 30 anos e as metas de redução de desmatamento com que o Brasil comprometeu-se, ano passado, na Convenção sobre Mudança do Clima.
Ao invés de comemorarmos a data com o anúncio de uma Política Nacional para as florestas brasileiras, estamos assistindo ao desmonte da legislação ambiental. Enquanto a Câmara discutia anistia a desmatadores, cinco lideranças ligadas à causa socioambiental rural foram assassinadas no Pará e em Rondônia [http://goo.gl/oo8pj].


O Novo Código Florestal é um Retrocesso!
        COMITÊ BRASIL EM DEFESA DAS FLORESTAS - A ex-senadora Marina Silva participou do lançamento do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília. O Comitê aprovou a convocação de grandes concentrações populares contra o que está sendo chamado “Código da devastação” – como aprovado pela Câmara -, ou passeatas de “um milhão contra a devastação” , conforme proposta apresentada pela ex-candidata do PV à Presidência e ex-ministra Marina Silva durante a cerimônia.
        Íntegra do PLC 30/2011 sobre o Código Florestal: http://goo.gl/SSzvg

CARTA ABERTA DE EX-MINISTROS DO MEIO AMBIENTE
       Ex-ministros do Meio Ambiente pedem a Dilma e ao Congresso suspensão da votação do Código Florestal. Dez ex-ministros do Meio Ambiente entregaram à presidente Dilma Rousseff uma Carta Aberta na qual expõe suas preocupações com a possibilidade de votação das mudanças do Código Florestal nos próximos dias. “Foram muitos os êxitos [referência à legislação ambiental do país] e os anos de trabalho de que se orgulham os brasileiros, e, portanto, tais progressos não devem estar expostos aos riscos de eventuais mudanças abruptas, sem a necessária avaliação prévia e o conveniente debate”, destaca o documento.
     Assinam a Carta Aberta, também dirigida às lideranças co Congresso Nacional, os ex-ministros Carlos Minc (2008-2010), Marina Silva (2003-2008), José Carlos Carvalho (2002-2003), José Sarney Filho (1999-2002), Gustavo Krause (1995-1999), Henrique Brandão Cavalcanti (1994-1995), Rubens Ricupero (1993-1994), Fernando Coutinho Jorge (1992-1993), José Goldemberg (1992) e Paulo Nogueira Neto (1973-1985).

Bispos da CNBB contra o Código Florestal
“Não temos o direito de subordinar a agenda ambiental à agenda econômica”, afirmaram os bispos na nota sobre o Código Florestal. O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, manifestou a preocupação da Igreja com os impactos e as consequências do novo Código Florestal, que atingirão diretamente as pessoas e o meio ambiente, podendo decidir o futuro, não apenas dos brasileiros, mas da humanidade como um todo. “Sem um cuidado real com a natureza, com as florestas e com as águas nós não teremos futuro. E nós, da CNBB, estamos preocupados com essa relação”, disse o secretário. Sobre a violência na região Amazônica, que nos últimos meses vitimou vários trabalhadores rurais, pequenos camponeses e lideranças de assentamentos, o presidente da CNBB disse que o governo brasileiro deve tomar todas as medidas cabíveis para evitar os confrontos que estão ocorrendo e proteger as pessoas que estão “marcadas para morrer”.

NÃO ÀS USINAS NUCLEARES!
      Enquanto o Japão e a Alemanha decidem fechar suas usinas nucleares, o Senado Federal prestou outra homenagem perversa à Semana do Meio Ambiente, com forte colaboração do governo. Um dia depois de aprovar a alteração do Código Florestal, aprovou também uma Medida Provisória (MP 517/10 – http://goo.gl/UGOsE) que cria incentivos tributários para a instalação de usinas nucleares no Brasil.  Não, não é para a instalação de usinas eólicas, como se poderia esperar numa Semana do Meio Ambiente. É mesmo para usinas nucleares, com todos os seus riscos inerentes de contaminação e as dúvidas e questionamentos quanto à destinação final de seus rejeitos radioativos.

O poeta Drummond e a energia nuclear

Em 21 de junho de 1980, o poeta Carlos Drummond de Andrade publicou no  ”Jornal do Brasil” texto intitulado “Se eu fosse deputado” para tratar da sua indignação com o projeto de implantação de usinas nucleares no Brasil: “Se o futuro é incerto, e se a ciência não pode garantir um nível de segurança que tranquilize o ser humano, a construção dessas usinas tem caráter de ameaça. Mas é preciso ser deputado para sentir o peso atroz dessa ameaça? Eu, homem do povo e escrivão público, participo desse terror.”
 
Enquanto isso, no Partido Verde...
        O Movimento Transição Democrática lamenta as declarações do presidente nacional do PV há 12 anos, José Luiz Penna, reproduzidas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, segundo as quais considera ilegítima a reivindicação daqueles integrantes do partido que defendem a reestruturação do PV em bases democráticas.
       Na reportagem “Penna ironiza novatos do PV” relata conversa entre o dirigente nacional e internautas em que afirma: “Entrou no ônibus e já quer ir para a janela, né?”. Era uma referência à reivindicação expressa publicamente pela ex-candidata verde à Presidência da República, Marina Silva, de que o partido deve estimular a democratização de suas estruturas por meio de amplo debate que envolva todos os militantes, os simpatizantes e os núcleos vivos da sociedade. O Movimento Transição Democrática quer mobilizar todos que se vincularam ao projeto defendido durante a campanha eleitoral de 2010 propiciando a conquista de quase 20 milhões de votos, para levar o PV a assumir seu protagonismo transformador na política brasileira.
       Momento de decisão: Marina Silva dá mais uma semana de prazo para dizer se deixa o PV. A possibilidade de Marina Silva e seu grupo anunciarem a saída do PV vem se arrastando há algumas semanas. Marina estudaria o ingresso em outra legenda ou a criação de um novo partido, também focado em questões ambientais.

       É como eu digo, não tem saída. Todos os partidos se tornam iguais, feudos de alguns poucos patrões e, com a tal de “reforma política” patrolada pelo PT, que determina a eleição de candidatos por ordem hierárquica dos “caciques” em listas, fudeu geral com a vontade popular da democracia! As boquinhas de deputados e senadores serão cargos hereditários, só morrendo os velhos caciques entrarão novatos para mamar nas gordas tetas públicas!

A ALIENAÇÃO ESTÓICA DE UM APOSENTADO

       Por estas estranhas coincidências do acaso, depois de ter assistido ao divertido filme Carlota Joaquina – A Princesa do Brazil de Carla Camurati, com Marieta Severo e Marco Nanini (sobre o período de 1807 à 1820), me caiu nas mão o livro  A Brevidade da Vida, de Sêneca (4 a.C – 65 d.C.), onde este pensador romano  escreve sobe o real significado da vida e a importância de se reservar o tempo para a própria pessoa.
Tendo sido nomeado preceptor do futuro imperador Nero, Sêneca afasta-se da vida pública após os desequilíbrios do seu pupilo (que manda matar a própria mãe) e retira-se para a solidão dos estudos filosóficos. Nesta obra Sêneca cita o exemplo do imperador romano Augusto – o Divino, que sempre manifestava o seu desejo de buscar a liberação dos encargos sociais e optar pelo repouso da aposentadoria, na esperança de um dia viver só para si.
Vale lembrar que Augusto, cujo nome era Otávio (que governou do ano 18 a.C. até 14 d.C.), contemporâneo de Jesus Cristo, foi adotado por  Júlio César em testamento como seu filho e sucessor. Aquele que, tendo sido nomeado como o primeiro imperador pelo Senado e o máximo pontífice religioso a pedido do povo, acabou com a ditadura e promoveu a proteção dos artistas, tais como Virgílio, Horácio e Ovídio; com exceção do orador Cícero (que aperfeiçoou a prosa latina), o qual, após o assassinato de Júlio César por Brutus, enfrentou Marco Antônio e foi degolado a mando de Otávio, quando tentava fugir para o Oriente. Sua língua e suas mãos foram expostas nas escadarias do senado. Contudo, após Augusto ter governado com eficiência, austeridade e estabilidade, com sua morte teve o mês de agosto  batizado com o seu nome e foi divinizado como “O Divino Augusto” pelo senado romano.
Cabe recapitular, também, que o nome César tornou-se título da dinastia familiar que se estendeu por 12 césares, entre os quais, os mais famosos são: Augusto, Tibério, Calíguna, Cláudio, Nero e, mais tarde, Marco Aurélio (161-180 d.C.), o imperador filósofo, o último expoente do estoicismo romano com as suas Meditações de como encarar a vida para se viver bem.
Pois bem, o legado lusitano de D. João VI e Carlota Joaquina, bem como de toda a corte portuguesa, não foi nada filosófico e, muito menos, estóico. Pelo contrário, vem daí toda esta tradição de falcatruas dos parlamentos brasileiros: das compras de favores, títulos e apoios políticos. Os conchavos e os golpes estão no genoma da alma brasileira que foi civilizada através da consagração do populismo, sem compromissos sociais e sem valores éticos, mas com muita retórica emotiva de enganar o povo.
Ainda bem que a dinastia dos “Braganças” não se estendeu tanto quanto as dos césares romanos, mas seu estrago foi genético no evolucionismo da raça brasileira. Nem mesmo a independência nacional foi com batalha e tampouco o golpe da proclamação da república e o fim da monarquia foi capaz de gerar algum herói nacional, tivemos que nos agarrar no pobre do Tiradentes que entrou de gaiato e virou o astro de uma história que foi resgatada para servir (forçadamente) de símbolo da romântica resistência do povo brasileiro ao império colonial: a poética Inconfidência Mineira.
          Além da sífilis, é claro, herdamos do nosso colonizador a formação de três tipos de políticos no Brasil. No alto clero há o político do tipo “roubo, mas faço” do Maluf (e tantos outros adeptos das malufices na moita).O segundo tipo é os que “nada fazem e tudo roubam” (extorquem e subornam feito Sarney, Temer, Renan Calheiros e demais embusteiros). E o terceiro, mais raros, são do tipo “nada faço, mas não roubo” (que ainda conseguem engambelar  inspirando alguma confiança popular, tipo Simon, Paim e correlatos). Há também réplicas e imitações destes mesmos tipos de políticos no baixo clero (onde predomina a picaretagem de abutres brigando pelas carniças deixadas pelos predadores do alto clero).
          Mas qual é a conexão, afinal, entre o filme Carlota Joaquina e o livro do filósofo estóico  Sêneca? Bem, do filme vêm as condições da sociedade em que vivo aprisionado e do livro  vêm as idéias que me libertam. O elo é que eu me identifiquei demais com a figura do “Dono do Mundo” na época do Império Romano, o imperador Augusto, com o fato dele sonhar com o descanso da aposentadoria, de viver para si, de aproveitar o tempo que fluí para bem viver e não para se manter meramente ocupado, correndo atrás do rabo, querendo mudar o mundo com ilusões coletivas.
         Guardada as proporções, é como eu me sinto, enquanto politicamente aposentado: dispensado eticamente de votar em alguém, libertado da maldição de repetir indefinidamente o ciclo situação-oposição com o investimento energético de esperanças reais num jogo de faz de conta, “do me engana que eu gosto”. Agora que já estou também profissionalmente aposentado, é como estar realizando o sonho do grande imperador: libertado da crença na maldição moderna que apregoa que o trabalho enobrece a alma. É o contrário, o trabalho embrutece o homem em troca do mísero sustento de sua sobrevivência a fim de poder continuar trabalhando, cumprindo uma perpétua sentença semi-escrava de trabalhos forçados para a mais valia de outros. Trabalhar é apenas um mal que foi tornado necessário pelo materialismo histórico. Estou pronto para ter o meu tempo só para mim, para fazer o que quiser com ele, sem medo do tédio de não saber preenchê-lo. Sem medo de ser feliz comigo mesmo.
          No entanto, para assumir esta alienação deliberada em conseqüência lógica do puro racionalismo, é preciso que tenhamos o suporte espiritual de uma doutrina que nos ajude a aceitar a realidade tal como ela é neste exato momento, aqui e agora, que é o tempo presente onde a vida se desenvolve e se revigora. Enquanto o espírito humano evolui lentamente ao longo da história, a salvação dos mortais seres racionais que desmistificaram com a ciência a antiga fé em um criador do mundo, é adotarem a atitude estóica de viver enquanto elementos do universo, enquanto partículas do todo. Do pó viemos e a ele voltaremos. A atitude estóica é a do guerreiro que não se deixa abater, sempre de cabeça erguida e acreditando no milagre que é estar vivo em cada momento vivido, atento e aproveitando ao máximo esta convivência consciente com o mundo cósmico.

Assumo, pois, esta minha atitude de abstenção política e de elogio do ócio da aposentadoria, não como uma manifestação anarquista, mas  como uma Alienação Estóica.

COMENTÁRIOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2011

            Convenhamos que o blog Diário de Um AposentaNdo, com apenas um ano e pouco de vida, também é um fenômeno surpreendente, mesmo não sendo de nenhuma Bruna Surfistinha que possuía uma habilidade quase artística de desenvolver atributos atrativos para o seu blog que estourou com milhares de acessos por dia. No período março-abril-maio/2011, o blog Diário de Um AposentaNdo se manteve acima dos 800 acessos mensais e, nos últimos trinta dias, bateu seu próprio recorde, superando a marca dos 950 acessos. Congratulations!
           Em homenagem aos internautas que navegam por esta praia e movimentam o contador de acessos do blog, e ainda enviam comentários através de emails mandados nas ondas do ciberespaço, transcrevo a seguir os comentários que foram captados pela torre de controle:

Date: Sun, 29 May 2011 16:55:46 -0300
From: juremir@correiodopovo.com.br
To: cel-sol@hotmail.com
Subject: Re: O Senhor das Moscas Volantes

            Que beleza, Celso. Abraços, Juremir

Em 30 de maio de 2011 07:09,
Paulo Muzell escreveu:
Assunto: Montepio:Uma Polêmica Infindável

          Celso: muito bom receber um email teu. Tuas matérias são muito boas e tem o mérito de resgatar o nosso passado na Prefeitura. Vou colocar o teu blog na lista de minhas leituras habituais. Com relação ao Montepio, a intervenção e mais aqueles dois meses que lá estivemos não deixam qualquer dúvida: a administração que vinha desde 1961 se caracterizou por prática de nepotismo, má gestão, desvios. A prova é que após 40 anos não capitalizou nada, deixando na sua liquidação judicial um patrimônio líquido negativo. Isso numa entidade que arrecadou por quatro décadas 9,5% da folha de pessoal da Prefeitura, hoje na faixa dos 1,5 bilhões de reais/ano. Amigos meus do judiciário e dos ministérios públicos me tem informado sobre ações ainda existentes decorrentes de desvios, sonegação fiscal, etc. das desastrada gestões. Gostei do teu PGQP!
Um abraço, Paulo M.

Em 23 de maio de 2011 20:21,
Milton Caselani escreveu:
CURSO DE VIDEO_CINE-DESCENTRALIZAÇÂO DA CULTURA.
Usina do Gasômetro e Cinebancários...Professor Ronaldo Ruduit.

        Caso tenhas interesse...um pequeno documentário de trabalhadores do DMAE. Vídeo produzido por colega do DMAE, Celso A. Lima."Os sobreviventes da garganta do diabo"...Num evento sobre os 50 anos do DMAE, chamando os funcionários a realizar um curta.
Abraço, Milton.

Em 22 de maio de 2011 19:18,
Júlio Cesar Colnaghi Brum escreveu:

         Quantas coisas boas tens produzido e nos mostrado Celso.
Gracias.

Date: Sun, 22 May 2011 10:53:15 -0700
To: cel-sol@hotmail.com
From: notification+kj_5p7h_@facebookmail.com
Subject: Elizete Maciel Dos Santos comentou sua foto.

         Celso, parabéns, você é muito inteligente, vc é o máximo!!!!!!!!!!!

deRoberto Rufatto RRufatto@dmae.prefpoa.com.br
paraCelso Lima
data19 de maio de 2011 11:19
assuntoRES: Os Sobreviventes da DVM

        Estarei prestigiando esta nova ocupação, Vamos acrescentar a propaganda: do mesmo diretor de Tropa De Elite e Rio - CELSO FELINI DE ALMADÓVAR PADILHA SALDANHA.

From: luciobar@terra.com.br
To: cel-sol@hotmail.com
Subject: RES: blog do Celsol
Date: Tue, 10 May 2011 20:43:26 -0300

Caro Celso:
       O Blog está muito bom. Pena que o PT esteja muito mal. No hospital São Pedro, estamos tentando ajeitar as melancias. No final, acho que vai dar tudo certo.
Um abraço
Lúcio Barcelos

Em 8 de maio de 2011 21:39,
Ari Krasner  escreveu:

            Celso, esse teu comentário não condiz com a verdade, pois no momento da desastrada intervenção feita pelo então pref. Tarso Genro o Montepio era presidido pelo Eng. Joel Almada Emmer , eleito democraticamente, que é uma pessoa honesta e idônea. Essa intervenção foi truculenta e ilegal, tanto que considerada ilegal pela Justiça. Como consequencia dessa intervenção, após a devolução conforme determinação judicial é que ali se instalou um grupo que pode ser nominado como dizes uma quadrilha tendo em vista que o presidente desgostoso pelos acontecimentos não mais quis assumir.De repente face ao passar dos anos meus neuronios podem já estar falhando, mas ao que me consta a verdade sobre a intervenção é essa. O motivo foi político e ilegal, a quadrilha veio depois como consequencia.

Resposta de Celsol@dmae.prefpoa.com.br
para Ari Krasner 
Celso  escreveu:

        Ari, o conceito de verdade é relativo ao entendimento de quem conta e participou da história com suas crenças e valores. Os islâmicos tem outra versão para a morte do Bin Laden, por exemplo. Respeito a tua visão, pois sei que que, como o Joel e o Barradas e tantos outros colegas de boa fé, participavas do Conselho do MOntepio.Gostaria que desse uma lida em outra postagem deste blog, de maio/2010, em que conto este episódio da intervenção e o meu encontro posterior com o meu mestre que foi o Joel Emer:
 Ari, clic aqui para acessar ao texto O Ocaso do Montepio:
http://celsol-diariodeumaposentando.blogspot.com/2010/05/ocaso-do-montepio.html
     Valeu a crítica, mas podemos seguir debatendo sem paixões os fatos daquela época.
Abraço, Celso.

Em 9 de maio de 2011 12:06,
Ari Krasner escreveu:

         Celso, continuo entendendo que o teu atual comentário é tendencioso pois afirmas que uma das boas coisas que fizeste foi participar da intervenção no Montepio para tirar de lá a quadrilha que tinha lá se instalado, quando a verdade , quando se trata de fatos não é relativa, e o fato é que tanto não tinha nenhuma quadrilha no Montepio é que os interventores nada encontraram que justificasse a intervenção ; o fato é que a intervenção foi ilegal é que a Justiça determinou a devolução de comando.
      Não pretendo continuar a discutir o assunto mas acho que como muita gente le o teu blog deverias também já que escrevestes sobre o assunto, esclarecer que os interventores nada encontraram e que a Justiça determinou a devolução por ser a intervenção ilegal. O que aconteceu depois foi depois. Um abraço. Ari.

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Gilmar Cardozo dos Santos
Data: 29 de abril de 2011 10:30
Assunto: Mais um Jubilado
Para: Celso Lima celsol1954@gmail.com

Celso, Parabéns Feliz Jubilamento.
Gilmar

-----Mensagem original-----
De: Alvaro Silveira Neto [mailto:alvneto@terra.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 28 de abril de 2011 19:51
Para: Celso; Celso Afonso Machado Lima
Assunto: Bolg do Aposentado e não mais aposentando.

       Celso tentei e não consegui postar o comentário no Blog. Sendo assim aí vai ele entre aspas: "Parabéns. Já consultei cigana, botei as cartas e nunca fui tão bem explicitado. As bananas eu comi todas, as cascas ficam ao meu redor para me proteger. As fotos foram bem escolhidas a do brinde com espumantes, tiramos em um determinado dia útil, após as 17:30. Só faltou dizer que não sou mentiroso."
Alvaro Silveira Neto

-----Mensagem original-----
De: Luiz Fernando Rigotti
Enviada em: quarta-feira, 13 de abril de 2011 12:03
Para: Celso Afonso Machado Lima
Assunto: RES: OS VELHIINHOS DA AMPA

       Velho mas não tanto. Quero te dizer que estamos trabalhando pra demorar cada vez menos.Quando entramos em 2005, demorava em torno de dois anos, do pedido até a concessão da aposentadoria. No último mês a média de tempo foi de 97 dias, queremos até o fim do ano baixar dos 60 dias. Isto quer dizer, quem tem toda a documentação e cadastro previdenciário atualizado pode ter sua aposentadoria em 30 dias, porém os desorganizado fazem a média ficar mais alta . Portanto, véinho, dá uma olhada no cadastro .
Obs. Se o teu pedido sair rápido não me acuse de querer me livrar de ti depressa .
Beijos ARRhg....
rigotti

-----Mensagem original-----
De: Celso Afonso Machado Lima
Enviada em: quarta-feira, 13 de abril de 2011 11:28
Para: 'ana lucia vellinho dangelo'
Cc: 'etel soares gutterres'; Luiz Fernando Rigotti
Assunto: OS VELHIINHOS DA AMPA

       O tempo passssssoooouuuuuu! O Rigoti acabou de se aposentar (vide anexo), e no mês que vém eu entro com o meu o pedido de alforria. Aposto que o trâmite burocrático do presidente do Previmpa será muiiiito mais rápido do que o meu! Coisas do poder...página virada!
Abraços à velha guarda da AMPA!!!!
Celso
-----Mensagem original-----
De: Luziane da Rocha Garcia
Enviada em: quinta-feira, 14 de abril de 2011 14:33
Para: Marco Antônio Bicca Guimarães; Valneir Adriano Menezes de Oliveira; Celso Afonso Machado Lima
Assunto: Os Sobreviventes da DVM

Caros colegas,
         Gostaria de manifestar minha satisfação ao receber o Curta “Os Sobreviventes da Garganta do Diabo”. Como coordenadora do DMAE +Saudável – Programa de Qualidade de Vida do Departamento, que esta na organização desta atividade de Curtas, quero deixar a vocês os meus PARABÉNS!!!! Foi muito bacana e emocionante a exposição de vocês...
Abraço!
Luziane da Rocha Garcia

Em 7 de abril de 2011 23:55,
assunto: Eleição de Chefias no Dmae
Júlio Cesar Colnaghi Brum escreveu:

        Pois ocupei teu lugar naquela sala com Dieter e Estrela e acabei participando de todo o processo eleitoral no DMAE, como representante da DG na Comissão Eleitoral. Foi aí que tive a grande oportunidade de conhecer todos os cantos e recantos do departamento e quem ocupava esses espaços e como o departamento operava.
       Enquanto retornaste estrategicamente para a DVM, foi na DVC que tudo começou. Antes inclusive de o PT assumir já fazíamos esse tencionamento. E o Edson nem lá trabalhava, pois era da DVT. Era o Milton Caselani, o Álvaro Pires, eu, a turma dos leituristas...
       Olha diria que foi o grande lance inicial da gestão petista no DMAE, frente ao enorme boicote articulado pelos "técnicos". Foi muito interessante o dia em que o Super Adminstrativo, Von Mengden, juntamente com os outros, e falando em nome deles, a entrega coletiva dos cargos dos Supers e de seus diretores. Foi aí que o Guilherme optou pelo processo eleitoral mesmo, como alternativa de tocar a gestão. O único superintendente que topou continuar foi o Barradas.(?)
           E, quando ele se esgotou, na falta de consciência política de seus servidores, e com um quadro postado na defesa do trabalho com o comando de quem tinha sido eleito para tal, terminamos o processo. Aliás, foi uma intervenção do Arnaldo Dutra que nos convenceu de encerrar. Foi grande e profícuo momento de nossas vidas, sim Celso. No DMAE talvez o maior. Depois começaram a aparecer "simpatizantes" de tudo que era lado, uma vez que o projeto se reelegeu por mais uma gestão, mais outra, e mais outra... e aquele brinde dos "técnicos" nos jardins da 24??? Ameaçaram de quem aceitasse assumir qualquer direção, sob pena de serem trucidados depois de 4 anos. O Valdir Flores assumiu a SD e pressionaram para que recuasse. Há muita história para se contar desse período.
Muita. E muita história interessantíssima . Quanta coisa para escrever...

Em 28 de março de 2011 17:09,
assunto: Vergonha: Dmae não separa o lixo seco!
Gil de Oliveira Martins escreveu:

Caro Colega,
          Algumas coisas não deveriam ter iniciativa na administração, pois nem sempre são preparados para isso. Entretanto se acaso houvesse uma consciência deveria iniciar com colocação de lixeiras desde os setores. Explicando como executar as separações, algo simples de fazer com cartazes, lixeiras com plásticos coloridos. E também workshops, oficinas que orientassem os funcionários, digo todos tem consciência mas a saída dos prédios estão misturados secos, orgânicos,etc...Não é difícil para começar ? É ?

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Júlio Cesar Colnaghi Brum
Data: 27 de março de 2011 16:49
Assunto: Vergonha: O DMAE não separa o seu lixo seco!

        Não existe mais a preocupação com a VERGONHA, Celso. Caso contrário gestaríamos a água em nosso útero protegido de avalhacações de engenheiros e arquittettass que não tem o que fazer. Nas empresas somos "desnecessários" ou o quanto o valha. Quem fará manutenção do PISA? Tu estás quase brocha. Na EME. E nosostros? Na EME? Tem um guri que se diz gestor em "Tecnologia da Ingonoligia da Informação". Mais ou menos isso. QUANDO COBRADO, á distância, foste quase o único a considerar a estratégia política de parceria com a PROCEMPA. Lembro bem disso, assim como as conversas com "águas MINERAIS" DE ENVAZAMENTO DELAS. SEM NENHUMA preocupação, ATÉ HOJE, COM O DESCARTE DOS COPINHOS. Sei que me compreendes. Tudo "desconjuntado". Mas teremos palavras e termos que nos dirão o contrário??? Sem dó e piedade, avançam sobre nós, nuvens de puxa sacos.
        Continue falando sobre nosso amanhã. Torpe e suculento. Pra gestor do contra tempo. Que aguarda, capacho, o que não virá.
JúlioB

de Rosana Oliveira da Rosa
para Celso Lima celsol1954@gmail.com
data24 de fevereiro de 2011 12:12
assunto RES: Relato de Uma Emoção Forte

É isso aí. A vida continua. Parabéns pela coragem, força e fé em dias melhores!!!!
Manda um beijaõ para a Magda. Diz para ela que eu estou com saudades!!!
Beijos. RO

Date: Sun, 27 Feb 2011 19:07:15 -0300
From: dalia@cpovo.net
To: cel-sol@hotmail.com
Subject: Re: RELATO DE UMA EMOÇÃO FORTE

Celso,
Que bom você estar com este resultado legal. Incrível que já se passaram 3 anos heim???
Dália

Ivanor De Quadros Rodrigues
paraCelso Lima celsol1954@gmail.com
data21 de fevereiro de 2011 09:49
assuntoRES: O "APITA JOÃO!"

OI CELSO:
        Gostei do teu comentário sobre os engenheiros do DMAE chamando os mesmo de "semi-deus" até o final da década de 80 quanto o Administração Popular assumiu.  Assistimos a tudo isso, sendo o reflexo do autoritarismo que vivíamos em nosso pais nas décadas anteriores. Com todos os problemas que vivemos no pais, mas viva a democracia, mesmo com seus problemas, ainda não inventaram coisa melhor.
Abraço.
Ivanor

de Júlio César Colnaghi Brum
para Celso Lima ,
data 10 de fevereiro de 2011 11:02
assuntoRES: O DIA EM QUE EU VI UM RINPOCHE

         Eles emanam um campo de energia poderoso Celso. Alguns têm a capacidade de “voar”, ensinar um pássaro a meditar, se comunicarem com os seres vivos e inanimados que é um espetáculo, mas nossas mentes não estão “treinadas” ainda o suficiente para vermos isso.
         Lá em Três Coroas, na Chagdud Gompa, onde morava o Chagdud Rinpoche, quando estavam concluíndo um novo templo, a Casa de Sambhava - http://padmasambhavapureland.com/ - compareceu um Rinpoche do Tibet para das as aprovações finais dos trabalhos. E ele andava pela área e muitas crianças VIRAM , enxergaram ele voar até o telhado da casa, sair voando pelas janelas, fazer caretas para elas, enquanto que os adultos nada disso VIAM/ENXERGAVAM. Porque?
       Olha o Sogyal na foto: não parece que está dizendo “eu sei tudo da vida e da morte”, do samsara.
Abraços

Ivanor De Quadros Rodrigues
paraCelso Lima celsol1954@gmail.com
data8 de fevereiro de 2011 12:53
assunto RES: OS 60 ANOS DO BUGIO

OI CELSO.
        Legal essa entrevista com o Paulo da Rosa, gostei da tua sensibilidade, acho ele um pessoa fantástica e mais fantástico ainda é o espírito de solidariedade, digamos, "Demaiense", levando e buscando ele para o serviço, para exames, pois são detalhes marcantes na carreira de todos os "velhos" funcionários.
Abraço.
Ivanor

-----Mensagem original-----
De: Júlio César Colnaghi Brum
Enviada em: sexta-feira, 21 de janeiro de 2011 10:35
Para: 'Celso Lima';
Assunto: RES: ATEUS, Graças a Deus!

Amigo Celso.
       Quem te acompanha por aqui percebe teu crescimento intelectual associado com o “espiritual”, digamos. E dessa associação resultam momentos que muitos gostariam de estar seguindo. Pois então que o sigam, porque é um bom caminho.
       Que cousa essa de proibirem a campanha nos ônibus . Não é estranho notarmos pessoas que defendem um Deus abrindo a camisa para dizer que vai matar ateu ?
Um abraço
Júlio Cesar Colnaghi Brum

-----Mensagem original-----
De: Sônia Montardo da Silva Alves
Enviada em: terça-feira, 11 de janeiro de 2011 13:48
Para: Celso Afonso Machado Lima
Assunto: RES: O RELÓGIO PONTO ELETRÔNICO

Querido Celso,
         Infelizmente, embora muito se fale em gestão, ainda não foram abandonados os mecanismos de controle da era industrial.
Sonia

-----Mensagem original-----
De: Silvia Maria Rodrigues Fabbrin
Enviada em: sexta-feira, 7 de janeiro de 2011 09:35
Para: Celso Afonso Machado Lima
Assunto: RES: CORAL & CURTAS NO DMAE

Oi Celso,
         Obrigado, adorei tua matéria...é muito gratificante o reconhecimento dos colegas, valeu o marketing!!! Em março começamos novamente.
Abraço,
Silvia

-----Mensagem original-----
De: Marlúcia do Amaral [mailto:mdoamaral@yahoo.com.br]
Enviada em: domingo, 3 de outubro de 2010 12:44
Para: Celso Afonso Machado Lima
Assunto: Re: cola de voto aos indecisos

Aí tiozinho amado,
         Valeu pela "cola de voto", se estivesse por aí com certeza faria um bom uso dela....vota direitinho pelo bem do nosso amado-sofrido-maravilhoso-e-abençoado Brasil!!!
Teu blog é tudo de bommmmmm!Amei! Estou curtindo aqui na alemanha.
Beijos para todos!!
Marlúcia

OFICINAS LITERÁRIAS EM HORÁRIO DE EXPEDIENTE

      Luis Augusto Fischer*, na sua coluna mensal “Pesqueiro” do Caderno Cultura da Zero Hora, escreveu meses atrás sobre como a formação de músicos e escritores amadores elevam o repertório musical e literário. No texto ele  resgata a influência que as gravações de discos e a reprodutibilidade das músicas através do rádio teve para a diminuição do amadorismo na prática musical: Antes, qualquer guria tinha lá seus quatro ou cinco anos de piano e o guri de violão ou violino, o que habilitava a família no repertório de música clássica. Com o fim desse amadorismo para apresentações familiares, houve o rebaixamento na capacidade de apreciação  musical; bem como uma notável diminuição do mercado para músicos.
          Fischer faz uma reflexão desse amadorismo musical com as oficinas literárias, que buscam formar escritores amadores, que também fazem elevar o repertório de leituras; bem como ativam o circuito de edição. Ressalta que o assunto “oficinas literárias” tem especial relevância no estado gaúcho, onde se pratica mais este  esporte do que no resto do país.  Há gente consagrada que se especializou nisso, tal como o atual Secretário Estadual de  Cultura, o escritor Assis Brasil, e ele próprio, Fischer, que mantém uma oficina regular faz alguns anos no StudioClio.
         O cronista avalia que o escritor amador de hoje tende a ser um sujeito maduro, com profissão definida em outro campo que não a escrita, que escreve um blog... Sou eu!

         Eu sempre quis, desde jovem, participar das oficinas literárias que via anunciadas no “segundo caderno” dos jornais e nas agendas cults da mídia. Todavia, por precisarmos gastar o nosso tempo adquirindo instruções de ofícios que nos possibilitem ganhar o nosso sustento, fiquei sempre à margem deste meio em cujas correntezas literárias eu sempre imaginei que gostaria de ter “deixado a vida me levar”...
       Avalio que a disciplina de Leitura e Produção Textual, que eu cursei no segundo semestre de 2010 no meu curso de Letras na UFRGS, foi a oficina literária que eu almejava, quiçá fosse a primeira de uma longa série de eventos deste tipo no curso. É uma experiência instigante “escrever por encomenda” sobre diferentes temas, em modalidades variadas de textos. Especialmente se depois temos que submeter esta produção textual, em leitura oral, para os colegas de aula e à análise “cri-crítica” de uma professora que tenha conquistado credibilidade na turma, por ter demonstrado um bom domínio no desenvolvimento da dinâmica de uma oficina de produção textual.
           Tentando aplicar as recomendações conceituais da professora Juliana Roquele na resenha que desenvolvi sobre a disciplina, avaliei as minhas dificuldades para satisfazer as quatro qualidades recomendadas para um bom texto. Nas duas primeiras qualidades, unidade temática e questionamento, até que eu me saia bem, mas a concretude (a descrição de fatos ou situações concretas) e a objetividade (determinação das adjetivações e subjetivações do texto), foram características que, reconheço, não consegui realizar plenamente. Sobretudo empaquei na recomendação de encurtar o texto para não se tornar cansativo.
          Lamentavelmente constatei, porém, aos analisar as demais disciplinas que compõem o currículo de Licenciatura em Letras, que esta talvez tenha sido a única “oficina literária” que o curso tinha para me propiciar. Descobri que vou ficar com o gostinho de “quero mais” amargando na boca durante todo o resto do currículo, pois o Curso de Letras parece ser o mero ensino acadêmico de ler as obras dos outros, sem envolver o seu correlato que é escrever. Ou seja, será como estudar música sem nunca tocar nenhum instrumento...
       A propósito, o  Fischer comenta  que há várias semelhanças entre músicos e escritores amadores: ambos vão em busca  de público externo ao circuito familiar, nenhum dos dois pensa em se profissionalizar  no metiê e há um forte componente de busca de prazer estético nas emoções que a arte proporciona... Sou eu!

Agora, com o meu sustento ganho e garantido, aposentado poderei parafrasear a canção popular e dizer: “deixo a vida me levar” pelas oficinas literárias que surgirem na cena cultural da cidade...“vida leva eu”...

* = Fischer é professor de Literatura Brasileira da UFRGS, por onde é formado em Letras e fez mestrado e doutorado (com tese sobre Nelson Rodrigues). Tem publicados vários livros de contos, crônicas, ensaios e teoria literária.

GREVE: A GENTE FOMOS NOTÍCIAS!

Conforme o alvará de soltura expedido pelo memorando nº 68/2011, a partir de hoje, dia 02/junho, estará em liberdade condicional o detento 699140 do pavilhão do Dmae, por cumprimento integral da pena de prestação de serviços para a comunidade do município de Porto Alegre.  O procedimento da instituição é emitir um novo memorando  a cada mês, se não houver despacho em contrário pelo Tribunal de Contas, até que seja certificada a alforria de libertação em definitivo desta mão de obra assalariada. Em depoimento o cidadão, que ora é reintegrado  em regime integral à sociedade cultural da cidade, após usufruir de um período de adaptação por trinta dias em Licença Prêmio, declara que os dias tem sido curtos para tantas coisas boas a serem feitas, e que não sabe como é que conseguia encaixar o “horário de expediente” no seu cotidiano.
MUNICIPÁRIOS EM GREVE: 18% JÁ!
A categoria dos servidores municipais da prefeitura de Porto Alegre decretou um dia de paralisação (16/maio) e Estado de Greve até a próxima assembléia geral.
Os municipários aprovaram, na assembleia geral da categoria realizada dia 19/maio, greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira (23). Mais de 3.000 municipários lotaram o Centro de Eventos do Parque Harmonia e rejeitaram a proposta do governo, que apenas repõe a inflação pelo IPCA (6,51%) e dá aumento no vale-alimentação de 0,78 centavos de real.
Com o serviço da cidade em ritmo de greve, o campo de luta de alastrou para a disputa pela simpatia da opinião pública, dando-se início ao tradicional bate-boca por anúncios de Apedidos pagos nos jornais:
Era um fogo cruzado, com apedidos de um lado e do outro:


                     Com direito à replica de ambas as partes, feito guerra de bugios:
          A coisa estava se embretando para aquele beco sem saída que confirma o ditado que diz "é fácil entrar numa greve, o difícil é sair, sem que seja com a categoria de quatro-pés, tendo que pagar os dias parados", quando surgiu a luz de saída de uma contraproposta da Administração que fosse defensável pelas lideranças em Assembleia Geral ...


Esta greve foi um ponto de encontro  do pessoal da velhíssima e da velha guarda do movimento dos municipários. Até aposentado fez greve! Não pode deixar de rolar,  nas rodas de barrigudinhos com cabeças brancas (ou carecas!) destes eventos de mobilização, aqueles comentários conjunturais de quem já viu muitas vezes este filme: - Desta vez a greve está alicerçada basicamente no pessoal da saúde e do magistério municipal, muito porque os setores operários recuaram do movimento ao sofrerem o castigo de pagar nos horários nobres de horas-extras as horas paradas da greve anterior...
Na Câmarade Vereadores
O fim da greve dos municipários coincidiu com o recebimento do meu primeiro contracheque de aposentado, e este a gente nunca esquece. O Jalba, que tinha tudo calculadinho com duas casas decimais, quando se aposentou no início do ano passado, comentou que o impacto do primeiro mês foi surpreendente até pra ele. Uma coisa é falar de números genericamente, outra bem diferente é ver os números do teu contracheque sem o valor do abono permanência e sem o auxílio alimentação (nunca tinha dado importância para essa merreca!).
Ainda bem que sempre tem um ”ainda bem”, pois ainda bem que, com a vitória histórica da greve dos muncipários que atropelou o “abusado Buzzato”  como interlocutor da administração e negociou diretamente com o prefeito Fortunati,  conseguiu um reajuste com aumento salarial, a título de reposição de parte das perdas salariais da categoria. Com os 7% conquistados com a greve de 8 dias recupero parte das perdas no meu salário devidas ao meu pedido de aposentadoria, perdas estas que deixarão de existir quando sair a portaria do Previmpa, uma vez que estar oficialmente aposentado implica em passar a pagar a previdência apenas sobre o valor que exceder o  teto previdenciário. A minha mensagem ao novos aposentaNdos é que fiquem espertos, pois este rito de passagem é cheio de nuanças nebulosas.
Valeu a luta companheiros municipários, foi muito bonita e proveitosa! A gente fomos notícias em todas as mídias.

Em tempo: Pra quem não particcipou da Greve e não sabe o que perdeu, disponibilizei no YouTube dois filmes curtinhos pra sentirem a energia da massa mobilizada, basta acessar nos links abaixo:

Votação na Assembleia Geral da Greve dos Municipários de maio/2011, clic aqui!

Passeata na Greve dos Muncipários de maio/2011 até a Câmara de Vereadores, clic aqui!

Como não roda YouTube na Prefeitura, envie para casa e dê uma  espiadinha: Valeu!!