BRINDE DO LIVRO DE MEMÓRIAS DOS MUNICIPÁRIOS EM PDF

Foi uma realização pessoal muito grande publicar este meu livro de MEMÓRIAS DOS MUNICIPÁRIOS, em cuja produção e edição trabalhei praticamente durante os últimos nove anos, para finalmente concluir em março de 2017. Livro este que reúne crônicas escritas a partir de 2009 até 2017, todas publicadas no meu blog Diário de Um AposentaNdo.
Tendo em vista que não conseguimos nenhum patrocínio para publicar o livro MEMÓRIAS, que resultou um tijolo com 523 páginas, mandei imprimir às minhas custas uma tiragem de apenas trinta volumes para distribuição restrita, presenteando parentes e amigos íntimos. Acontece que, com a notícia de lançamento do livro, muitos leitores do blog estão manifestando interesse em ter um exemplar,o que lamentavelmente esclareço que não será possível na versão física de livro, pois sua pequena edição já se encontra esgotada. Contudo, para poder atender a esta demanda dos leitores do blog Diário de Um AposentaNdo, elaborei  esta  segunda edição numa versão reduzida do livro MEMÓRIAS, agora em PDF e ainda assim com 330 páginas, para disponibilizar especialmente as postagens do capítulo Memórias Municipárias e algumas do capítulo Memórias Pessoais. Esta versão em PDF será distribuída online como um brinde de agradecimento a todos os municipários leitores do blog Diário de Um AposentaNdo,  blog que continua impressionantemente tendo milhares de acessos mensais e que já computa mais de 70 mil acessos.
Esta versão do livro MEMÓRIAS em PDF, que está sendo enviado como arquivo em anexo por e-mails para todos os meus contatos como leitores do blog, contém dois bônus não inclusos no livro original impresso em março/2017, que são os textos  “Livro do Resgate Histórico da Fundação do Simpa” e  “As Justas Razões da Maior Greve dos Municipários”; greve esta que resultou vitoriosa e que barrou o mais cruel ataque contra os direitos conquistados pelos Municipários em sua longa história de lutas em defesa do serviço público de qualidade.
Este livro com as nossas “Memórias” em PDF dedico aos ex-colegas interessados em ter um histórico como recordação de sua época no seu local de trabalho, de um ambiente que na realidade já não existe mais, só em nossa memória afetiva quando evocada pelas narrativas contidas neste livro.

Porto Alegre, novembro de 2017.


                                                                   Celso Afonso Lima

POR QUE OS MUNICIPÁRIOS DECIDIRAM FAZER GREVE?!

A esta altura do ano, já em setembro em plena primavera, na pior das hipóteses a categoria dos municipários deveria estar lutando pelo seu reajuste salarial referente a sua data base que é em maio de 2017, reivindicando alguma reposição tipo 6% (INPC). Entretanto, após a posse do prefeito Marchezan em janeiro, que escolheu os servidores municipais para serem o bode expiatório de sua gestão, ao invés do negociar o reajuste dos funcionários, decidiu reduzir os salários em 3% , através de um projeto  de aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, sem apresentar nenhum cálculo atuarial que justificasse o aumento, desnecessário conforme o próprio Previmpa. O chamado pacote de maldades do prefeito contra os municipários recorreu à usual estratégia de parcelamento do pagamento dos salários, sem sequer considerar a possibilidade do reajuste a que teriam direito. Não satisfeito com a sangria nos vencimentos dos servidores, o prefeito partiu para um ataque brutal sobre as conquistas trabalhistas visando a destruição do plano de carreira da categoria, encaminhando um projeto que visa acabar com os adicionais por 15 e 25 anos de serviço. Marchezan decidiu também promover a precarização dos pagamentos dos regimes de trabalho de cada funcionário, os quais ficariam sujeitos a renovações anuais  e submetidos ao crivo ideológico do partido que estiver no poder, subvertendo  absurdamente a autonomia técnica do quadro funcional que ficaria refém dos interesses partidários em detrimento dos interesses públicos. Pretende simplesmente exterminar com o regime de dedicação exclusiva dos técnicos de nível superior, regredindo aos tempos em que o serviço público era um biscate e um cabide de emprego para os profissionais liberais. Marchezan foi muito além no seu enfrentamento decretado pela administração municipal contra aqueles que deveriam ser vistos como aliados do gestor na prestação de serviços para a população,  decidiu que quer acabar numa tacada só  também com a Licença Prêmio, terminar com o direito à incorporação das Funções Gratificadas e até proibir as substituições de chefias em férias e também mudar os avanços salariarias de trienais para quinquenais. O cara entrou de sola com o seu pacote de desvalorização dos servidores municipários, além de cortar até 50% dos vencimentos no conjunto dos seus projetos de destruição do serviço público municipal, usando a velha tática de sucatear para privatizar, pretende vender o Dmae e transformar a água numa mercadoria de negócio lucrativo para os empresários e proibitiva para a população de baixa renda. Com a finalidade de destruir com o serviço público,  o prefake segue sapateando com infâmias na mídia sobre a dignidade de uma categoria que tem consciência de sua função social de servidores públicos da comunidade porto-alegrense.
A esta altura do ano, às vésperas do verão que promete ser o pior de todos os tempos, a categoria municipária já esgotou seus esforços para a abrir um canal de discussão com o novo prefeito sobre a real situação financeira da prefeitura de maneira transparente, que certamente não é a de terra arrasada e falida que lhe interessa propalar. Diante da intransigência e radicalismo do Marchezan no seu objetivo de fazer do sacrifício dos servidores municipários sua plataforma de afirmação política, pouco se interessando pelos consequentes prejuízos na qualidade dos serviços prestados ao povo de Porto Alegre que o elegeu, a única alternativa que nos restou foi o recurso extremo da fazermos uso da principal ferramenta de luta da classe trabalhadora que é a greve. Greve pelo fim do parcelamento dos salários, greve pela retirada dos Projetos de Leis que eliminam direitos conquistados na Lei Orgânica e no Estatuto dos servidores e, para voltarmos à normalidade das relações trabalhistas de discussão sobre as perdas salariais, greve pelo reajuste salarial de 2017. Quem semeia vento colhe tempestades: agora é Greve dos Municipários!

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS DO LIVRO MEMÓRIAS DO BLOG DIÁRIO DE UM APOSENTANDO






ESCLARECIMENTO:
         Tendo em vista que não conseguimos nenhum patrocínio para publicar o livro, e como também não houve mobilização suficiente dos leitores do blog para fazermos um financiamento coletivo através de uma vaquinha online, o chamado Crowdfunding, mandei imprimir uma tiragem de apenas trinta volumes para distribuição restrita, presenteando parentes e amigos íntimos. Portanto, como com a notícia de lançamento do livro muitos leitores do blog estão manifestando interesse em acessar um exemplar, esclareço que isto não será possível na versão física de livro. Porém, para atender esta demanda dos leitores deste blog que continua tendo milhares de acessos mensais, estou trabalhando para disponibilizar uma versão em PDF, especialmente do capítulo MEMÓRIAS MUNICIPÁRIAS, para ser distribuída online como um brinde de agradecimento a todos. Abraço, Celso.

LIVRO MEMÓRIAS DO BLOG DIÁRIO DE UM APOSENTANDO


              NOTA DO AUTOR

            É uma realização pessoal muito grande publicar este livro de minhas Memórias, em cuja produção e edição trabalhei praticamente durante os últimos nove anos, para finalmente concluir agora em março de 2017. Livro este que reúne crônicas escritas a partir de 2009 até 2016, todas publicadas no meu blog Diário de Um Aposentando.
O Rito de Passagem da vida profissionalmente ativa para a vida de aposentado é um momento crucial, uma espécie de “experiência de quase morte”, quando temos a nítida percepção de que vai ocorrer a morte da existência que tivemos até então na sociedade, e sentimos que a luz no fundo do túnel deste umbral de passagem é muita tênue e fugidia para a maioria dos mortais.
Como nos relatos clássicos das experiências de quase morte, também neste rito de passagem para a inatividade profissional, passa um filme na cabeça e no coração da gente. Repassam todas as etapas que percorremos na vida para chegarmos até este momento aguardado com tantas expectativas libertárias do jugo diário do trabalho, em que corremos atrás do rabo pra ganhar o sustento de cada dia e garantir a velhice com algum conforto. Mas, como no leito da morte, na hora da passagem dá medo do desconhecido que nos espera no além, na inatividade da aposentadoria.
Com o advento do blog, aproveitei este rito de passagem para escrever, em formas de crônicas aleatórias com ganchos em temáticas de notícias do momento, o roteiro deste filme longa metragem da minha vida que me passou na mente às vésperas da aposentadoria, a partir de meados de 2009. Crônicas escritas com conteúdos tanto no âmbito das minhas memórias biográficas (infância e adolescência, família e internato), como no âmbito da minha carreira de servidor público municipal (atividades profissionais e sindicais, relações funcionais e amorosas) e, também, como não poderia deixar de ser, no âmbito das minhas clandestinas atividades literárias que me acompanharam a vida toda.
Em verdade, eu imaginava que no final resultaria apenas um livro de memórias municipárias, mas no trabalho de edição acabei classificando os textos em três grupos (Pessoais, Municipárias e Literárias) e, só então, percebi que havia escrito o Livro de Memórias da Minha Vida, aos 63 anos de idade. Foi para mim uma maravilhosa surpresa, pois jamais me animaria a esta pretensiosa tarefa de escrever deliberadamente um livro de minhas memórias. Mas, como um típico anônimo, adorei ter o meu próprio Livro de Memórias para deixar aos meus descendentes como o relato da minha época no mundo.

Porto Alegre, março de 2017.
Celso Afonso Lima