FORMATURA DA TURMA DE APOSENTANDOS

           Sobre o Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA), curso que iniciou em abril, eu já postei uma crônica intitulada   “AAA: AUXÍLIO AOS APOSENTANDOS ANÔNIMOS” no mês de setembro.
          Leia a crônica anterior com um clic no link abaixo, afinal este é o tema central deste blog:

O segundo semestre do PPA iniciou com  palestras sobre  os cuidados com a saúde  e a importância de reeducarmos nossos hábitos para a nova fase, ministrada pela colega Mara Lúcia Diel, a partir da qual inseri o consumo de mais uma fruta na minha rotina diária, para atingir a meta ideal de pelo menos três por dia.

          A propósito da questão deixada em suspenso na crônica anterior sobre o PPA, qual seja: - Quantos dias por semana ingeres bebida alcoólica: 1,2,3,4,5,6 ou 7? Lembram que eu deixei a questão em suspenso e a levei ressoando como um sino na minha cabeça, prometendo a mim mesmo ter uma resposta socialmente adequada para dar até o final do curso? Pois agora já posso responder que ingiro bebida alcoólica de duas a três vezes por semana e, sobretudo, eu que havia adquirido o vício de fumar uma única cigarrilha Talvis por dia, estou completando quatro meses sem fumar nenhuma cigarrilha!

Sobre a sexualidade na longínqua  terceiridade (que é a partir de 65 anos!) até a quarta idade (que é a partir dos 85 anos), fomos informados por um psicólogo que garantiu que há sexualidade(ufa!) e que não se restringe ao sexo; em que pese haver um condicionamento cultural contrário a que o pessoal da terceiridade expresse a  sua sexualidade.

Durante a palestra de uma psicóloga sobre “Pós-Carreira”, recebemos a notícia chocante de que havia morrido num acidente de trânsito o filho de uma das colegas de curso, a qual havia se aposentado recentemente e ficava feliz em responder com convicção de que “não pretendia fazer nada” na sua aposentadoria, apenas vivê-la intensamente. Momento em que  sentimos, da pior maneira possível, que todo um planejamento de projeto de vida pode desabar tragicamente de uma hora para a outra, que tudo é impermanente na vida.
Mas, a propósito dos  planos pós-carreira, o colega Jair Staruck do DMAE revelou para o grupo que pretende se ocupar com trabalhos de marcenaria, que há tempos vem montando uma oficina bem equipada em casa. Nós, o Jair e eu, que descobrimos que fomos hippies artesões da Praça Dom Feliciano no mesmo período, no início dos anos 70, vamos nos aposentar juntos como dois roliços barnabés, quem diria?
Entre as recomendações óbvias para o pós-carreira feitas pela palestrante, tais como, ler livros, viajar, ter uma religião, ter amigos de sua faixa etária; destaco as duas seguintes: escreva uma autobiografia e faça uma lista de 100 coisas para fazer! A autobiografia já estou desenvolvendo através do blog “Diário de Obra de Um Aposentando”; mas gostei  muito da idéia da lista e passei a elaborar a minha própria “lista de 100 coisas para fazer quando estiver aposentado”, a qual ainda está sendo construída e penso que assim ficará permanentemente, crescendo sempre para muito além das 100 coisas...
Mas, antes de apresentar a primeira versão da minha lista, como um modelo prático para que os “aposentandos” leitores do blog se estimulem a desenvolver as suas respectivas listas,  comento a última atividade letiva do curso, que foi a entrevista de dois aposentados(coincidentemente ambos ex-funcionários do DMAE) muito bem conduzida pela Cida, colega jornalista que também é do DMAE. Na ocasião, antes mesmo de iniciar oficialmente a entrevista, estive conversando com os três e ironizei que eu queria que, tudo bem, um dos entrevistados fosse do tipo empreendedor que estava desenvolvendo outra atividade na pós-aposentadoria (ou seja, que continuou correndo atrás de dinheiro); mas que o outro entrevistado representasse o tipo oposto, que correspondesse ao perfil do aposentado que usa o seu tempo livremente para atividades lúdicas, culturais e afetivas. Considero que ambos podem constituir modelos de aposentados felizes, ou será que não existe ninguém deste segundo modelo que seja feliz?...

Sobre os entrevistados, Sueli e Tomatis: ela agora é dona de uma lancheria-sorveteria/mini-mercado e ele, que revelou que ainda sonhava que estava trabalhando no DMAE, hoje trabalha indiretamente para o DMAE como químico de uma empresa terceirizada. Mas o que mais me chamou a atenção nos depoimentos dos entrevistados é a verdadeira veneração que, em geral, os ex-funcionários do DMAE mantêm pelo Departamento.
           Até pensei que, por estas contingências do destino, que talvez o meu desígnio como membro inesperadamente eleito para a diretoria da AEAPOPPA seja desenvolver algum trabalho no sentido de que a associação possibilite aglutinar os aposentados, dispersos e saudosos do DMAE que estão, em atividades lúdicas e recreativas, quem sabe?...

            A solenidade de formatura foi bem informal no auditório da SMA, com a Tanise Pazzim, que é a coordenadora do programa, fazendo os agradecimentos aos palestrantes, também presentes, e uma homenagem aos formandos com a apresentação de um vídeo mostrando alguns momentos do curso, o qual foi distribuído em DVD, feito diploma, para cada um.
         Das três turmas, que acompanharam os 15 encontros em 9 meses, em média chegaram até o final do curso quinze aposentandos em cada turma. Foi anunciado que para 2011 haverá 10 turmas, sendo que o curso será compactado de forma que consigam ministrar 5 turmas em cada semestre.

         Vale a pena? – À esta pergunta que outros colegas próximos da aposentadoria me fazem sobre o curso, respondo com os versos do poeta Fernando Pessoa: Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!
- Valeu muito pessoal da Turma 01 do PPA 2010!

Brinde natalino aos aposentandos da Turma 01 do PPA:


Em tempo: Aguarde a Lista das  100 Coisas para Fazer na Aposentadoria!

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