50º Aniversário do amigo Konrad

(quarta-feira-18/nov/2009)


          Dia do 50º aniversário do Konrad, colega e amigo, companheiro de caminhada pela última década. Amizade que sobreviveu às divergências advindas após a “ascensão e queda” petista na capital e no Estado gaúcho e, sobretudo, às desavenças acerca do monopólio do Lulismo no governo nacional e na política internacional. Encontramos caminhos peculiares de convergências no âmbito cultural: na música, cinema e trocas de escritos pessoais. Tanto que aproveitei a visita que fiz em sua sala de trabalho hoje para abraçá-lo pela data e para devolver-lhe os DVDs que ele tinha me emprestado: Grande Sertão Veredas (1965 – de Geraldo Pereira dos Santos com Maurício do Valle), Moby Dick ( 1956 – de John Huston, com Gregory Peck), Lolita ( 1962 – de Stanley Kubrick), Acossado ( 1959 – de Godar, com Jean-Paul Belmondo), Cortina Rasgada (1966 – de Alfred Hitchcock, com Paul Newman e Julie Andrews) e Muito Além do Jardim (1979 – de Hal Ashby, com Peter Sellers e Shirley MacLaine). Em contrapartida dei-lhe de presente um CD-Duplo com a discografia completa do Zeca Baleiro pirateada em mp3.
        Os próprios títulos e datas dos clássicos cinematográficos já dão o tom do tipo de complemento cultural “retrospectivo” que ocorre, o que também acontece no campo musical, acrescido do intercâmbio poético e literário de observação da vida e da conjuntura política da atualidade; reúne ingredientes que permitem a projeção de uma perspectiva longeva para a nossa relação de amizade, para muito além do jardim dos muros do local de trabalho e capaz de se espraiar nas praias da aposentadoria. Um sinalizador neste sentido é que vou no sábado na casa dele comer uma pizza caseira, feita pela esposa e pizzaiola Maria, para comemorarmos juntos este rito de passagem dele para a segunda metade menor da vida (salvo raras exceções, faço votos que seja uma característica própria dos arquitetos, como o outro arquiteto Oscar Niemayer que já passou dos cem). Registre-se, para fins do dimensionamento simbólico, que este colega é o único que eu frequento a casa, ao longo de toda a minha carreira na empresa. Definitivamente não sou uma pessoa social, pelo contrário.

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