O Dia Mundial
da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março na
ECO-1992, quando também divulgou um importante documento, a “Declaração Universal dos Direitos da
Água”: Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente,
cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente
responsável aos olhos de todos. Art. 2º - O direito à água é um dos direitos
fundamentais do ser humano, é o direito à vida.
O Brasil
concentra as maiores reservas naturais de água, detendo 13% da água do planeta.
Apresenta também os mais altos índices de desperdício, cuja estimativa é que
70% da água potável seja desperdiçada (na irrigação, indústria e consumo). A
meta ideal da ONU é de 20% de perdas. A projeção é de que até 2030 a falta de água deverá atingir a
metade da população mundial.
Nós,
trabalhadores da indústria da água potável, conscientes de que a água é um bem
tão essencial à vida como o ar que respiramos, nos sentimos responsáveis pelo
caráter público e social da distribuição sem fins lucrativos deste patrimônio,
bem como pelo combate ao seu desperdício. Poder olhar pra trás e verificar que
durante 35 anos nos dedicamos a uma causa tão nobre como a produção de água
potável da nossa comunidade, é um diferencial que conforta. É claro que não
resolve todas as lacunas do rol de “realizações pessoais” que idealizávamos em
nossa juventude, quando por sucessivos concursos públicos adentramos nas
chicanas de cargos desta fábrica de água entregue à domicílio.
Mas o fato do
DMAE cada vez mais perseguir a meta de tratar todo o esgoto antes de devolvê-lo
à natureza, para não causarmos mais poluição à jusante na nossa grande fonte de
captação de água que é o manancial do Guaíba, já tão mal tratado pelas cidades
à montante, também agrega um sentido social e ecológico ao nosso trabalho de
servidor público.
Recuperar realmente
a balneabilidade das praias de Pedra Redonda, Ipanema e Guarujá, já pensou que
maravilha? Poder voltar, como nos nossos tempos de guri, a nadar novamente
nestas praias, seria como podermos entregar aos nossos netos a cidade com a
mesma qualidade de vida que a recebemos dos nossos pais, apesar do imenso
aumento populacional! Eu não alcancei a realização desta meta na ativa, mas
aposentado espero estar vivo ainda para poder comemorar esta conquista que será o verdadeiro “Dia D
Glória da Água Dmaeana" dos portoalegrenses.
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