NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO DMAE, ÁGUA É ESSENCIAL NÃO VISA LUCRO!

 



NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO DMAE, ÁGUA É ESSENCIAL NÃO VISA LUCRO!

Em 2024, apenas 28,8% dos cargos do DMAE estavam ocupados, e o setor encarregado do sistema de proteção contra cheias tinha um único servidor

Por Simpa Cores-DMAE (*)
Recentemente chegou ao conhecimento do Conselho de Representantes Sindicais (Cores) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) um documento de acesso restrito, datado de 14 de julho de 2025, denominado “relatório de auditoria”, elaborado por equipe do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS). Trata-se de uma investigação minuciosa sobre o período de 1º de janeiro de 2020 a 1º de junho de 2024, voltada a identificar as causas e responsabilidades pelas falhas do Sistema de Proteção Contra Cheias (SPCC) de Porto Alegre durante o evento climático extremo de maio de 2024, a maior inundação já registrada na Capital, superando inclusive a cheia histórica de 1941. O que o relatório revela não é apenas um conjunto de números e datas, mas um retrato desolador de como a cidade foi deixada vulnerável, não por obra exclusiva da natureza, mas por uma sequência de omissões, decisões equivocadas e prioridades distorcidas.

Porto Alegre não se afogou apenas nas águas do Guaíba em maio de 2024. Afundou também na lama de escolhas políticas mal calculadas. Quando o nível do lago/rio ultrapassou a marca histórica, não foi apenas a cidade que transbordou, mas também a paciência de quem acreditava que o sistema de proteção estava pronto para agir. A expectativa era de que diques, comportas, muros e estações de bombeamento cumprissem seu papel. Mas, como em um enredo trágico, o que se viu foi a falência de um sistema inteiro, e não por falta de aviso.

O documento desmonta a narrativa oficial. Mostra que prefeitos, diretores e secretários sabiam dos riscos, mas preferiram fingir que as comportas funcionariam sozinhas, que as bombas não precisariam de manutenção, que equipes mínimas dariam conta de desafios máximos. Em 2024, apenas 28,8% dos cargos do DMAE estavam ocupados, e o setor encarregado de gerenciar todo o sistema de proteção contra cheias tinha a espantosa composição de um único servidor. Sim, apenas um. Porto Alegre, vulnerável como nunca, foi deixada à mercê de um arranjo administrativo incapaz até de acionar, em minutos, as medidas mais elementares para conter o desastre.

E não se trata de mera incompetência burocrática. Trata-se de escolhas políticas. Neoliberalismo na veia. Enquanto discursos inflamados sobre resiliência e mudanças climáticas enchiam palestras e coletivas de imprensa, a realidade mostrava que não havia investimento, planejamento ou ação concreta. O relatório revela que a drenagem urbana foi relegada, que recursos do DMAE foram desviados de sua finalidade legal e que a prioridade, longe de ser a segurança hídrica, parecia ser pavimentar o caminho para a privatização do Departamento. A tragédia não caiu do céu apenas na forma de chuva. Foi construída, gota a gota, ao longo de anos de negligência e subordinação de interesses públicos ao jogo de poder privado.

O preço disso não se mede apenas em bilhões de reais, embora a conta preliminar do TCE-RS varie entre 6 (seis) e 8 (oito) bilhões, sem falar nas indenizações que ainda virão. O custo maior foi humano. Foram casas, memórias e vidas despedaçadas. Foram bairros inteiros que, apesar de “protegidos” pelo SPCC, ficaram debaixo d’água, como se a cidade tivesse voltado ao tempo anterior aos diques. Foram milhares de pessoas obrigadas a viver meses em abrigos, assistindo à administração pública discutir culpados enquanto a lama secava nas paredes.

O relatório do Tribunal de Contas não é apenas um documento técnico. É a ata da nossa desproteção. É a prova de que a cidade não foi pega de surpresa pela natureza, mas traída por quem tinha a obrigação de defendê-la. E não por falta de alertas: afinal, as conclusões da auditoria apenas confirmam, com o peso da prova oficial, o teor das inúmeras representações já protocoladas pelo Cores/DMAE junto ao Ministério Público de Contas, denunciando sistematicamente a precarização e o desmonte do DMAE promovidos pelas gestões dos prefeitos Nelson Marchezan Júnior e Sebastião de Araújo Melo. Não foi descuido: foi uma política deliberada de enfraquecimento institucional, que transformou um órgão estratégico em peça de barganha e deixou Porto Alegre indefesa diante da maior enchente de sua história.

Se Porto Alegre quiser se reerguer, não bastará reconstruir muros e estações de bombeamento, será preciso reconstruir a confiança de que o poder público serve à população e não a projetos políticos de ocasião. Será preciso blindar o DMAE de aventuras privatizantes e garantir que cada centavo arrecadado nas tarifas de água e esgoto vá para a sua finalidade. Será preciso, acima de tudo, lembrar que a próxima cheia virá, e que, quando ela chegar, não haverá documento restrito que possa esconder a omissão.

Não à privatização!
O DMAE é de Porto Alegre!
O DMAE público é futuro para todos!
O DMAE privatizado é futuro para poucos!

(*) Conselho de Representantes Sindicais (Cores) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), órgão consultivo e deliberativo do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa)

Porto Alegre não pode ficar refém de um monopólio privado.

Vote NÃO à concessão/privatização do DMAE!
Participe do plebiscito popular “O DMAE é do povo de Porto Alegre”! O plebiscito também está disponível online, pelo link: https://simpa.org.br/plebiscitodmae/

️ CONFIRA O CALENDÁRIO DAS AUDIÊNCIAS E PARTICIPE!
https://x.gd/OgNHM

⚠️ O SIMPA CORES DMAE alerta que privatizar vai fazer mal ao saneamento público.

DMAE PÚBLICO E ESTATAL, SIM!✔️
DMAE PRIVATIZADO, NÃO!❌

Serviço público não é negócio privado!

ASSOCIE-SE AO SIMPA, JUNTE-SE A NOSSA LUTA POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO!

Somos Municipári@s, somos Porto Alegre e vamos resistir!

AMPA-SIMPA: 35 ANOS DE LUTA DA CATEGORIA DOS MUNICIPÁRIOS!

 EU de cavanhaque, fazendo discurso décadas atrás na Esquina Democrática, construindo a ferramenta de luta como presidente da AMPA-SIMPA Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, no vídeo comemorativo aos 35 ANOS DE LUTA DA CATEGORIA DOS MUNICIPÁRIOS DA AMPA AO SIMPA !







INDOLÊNCIA: TÁTICA PARA A PRIVATIZAÇÃO DO DMAE

 

Ao tomar a decisão de agregar a estrutura do Departamentos dos Esgotos Pluviais (DEP) a estrutura do Departamento Municipal de água e esgotos (DMAE), a Prefeitura Municipal resolveu um antigo problema de qualidade na Prestação de serviços à comunidade de nossa cidade, mas criou um problema maior para o DMAE por não alocar os recursos necessários para o desenvolvimento da atividade de drenagem. A incorporação das atividades do antigo DEP as atividades do DMAE, pode parecer lógica numa análise conjuntural sobre saneamento, porém a forma açodada como foi feita em Porto Alegre trouxe mais problemas que soluções. A Administração da cidade simplesmente transferiu a estrutura do DEP com alguns funcionários e junto com ela todo o passivo de problemas estruturais de conservação de redes de drenagem e estações de bombeamento, sem a locação de nenhum recurso para investimentos. Todos nós sabemos que o único recurso que se poderia contar para essa tarefa seriam os oriundos da tarifa 3 de esgoto do DMAE, que tende ao longo tempo ser extinta, devido a ampliação das redes coletoras de esgoto sanitário. Toda a estrutura de drenagem urbana foi incorporada ao DMAE e este passou a assumir todo o passivo de problemas de redes obsoletas, má conservação e estação de bombeamento degradadas. Tudo foi absorvido pela estrutura e orçamento do DMAE, com recursos oriundos das tarifas de água e esgotos.

A tarifa de esgoto sanitário cobrada pelo DMAE, já a algum tempo está defasada e carece de um novo estudo de reestruturação, o que agravou ainda mais com a agregação da drenagem urbana a sua estrutura, onde alguns investimentos planejados tiveram de ser divididos com o novo irmão agregado.

A saga privatista segue entranhada nos gabinetes de nossa Prefeitura Municipal e o Prefeito Melo, quer conceder o DMAE a iniciativa privada. A justificativa para tal é de que a Autarquia Municipal não possui recursos para fazer investimentos necessário para atender o que preconiza o Plano Nacional de Saneamento no tocante a coleta e tratamento dos esgotos (90% com coleta e tratamento de esgotos até o ano de 2033). Sabemos que hoje o DMAE coleta e trata mais de 62% dos esgotos gerados por nossa cidade e possui uma capacidade de tratamento de mais de 80%. Existem várias obras de redes coletoras e ampliações do sistema de captação e condução dos esgotos em andamento que melhorarão esses indicadores. O que nos chama atenção é que o Prefeito, que possui boa parte do Legislativo em suas mão, não toma a iniciativa de negociar uma reestruturação tarifária de esgoto sanitário, com a drenagem urbana, o que alavancaria os recursos necessários para os investimentos preconizados no Plano Nacional de Saneamento e alavancando os recursos necessários para os próximos 10 anos, a partir dos 300 milhões existentes em caixa do DMAE. O Governo Municipal desiste de tratar um membro (realinhar a tarifa de esgoto), preferindo sacrificar o corpo todo (concessão do DMAE), isso é incompetência, má vontade ou falta de coragem. Temos um novo Governo em Brasília, que já deu mostras de sua contrariedade com a política de concessões e se propõe a abrir o caixa do BNDES e CEF para disponibilizar os recursos para a melhoria dos indicadores do saneamento em nosso país e mesmo assim os ocupantes do Paço Municipal não parecem sensibilizados com essa ideia, trabalham única e exclusivamente com a ideia de concessão desses serviços. Todos sabemos que o DMAE é um órgão superavitário e já deu mostras de sua capacidade de empreender e enfrentar desafios, graças a capacidade de seu qualificado corpo funcional, que apesar de reduzido consegue ainda dar as respostas necessárias aos estímulos de fazer saneamento de qualidade para Porto Alegre.

Um órgão que teve a ousadia e a capacidade de implantar um Programa Integrado socioambiental em nossa cidade, com investimentos vultuosos superiores a 600 milhões de reais, na época, e que entre outras coisas elevaram a nossa capacidade de tratamento de esgotos de 27% para 80%, agora se sente incapacitado buscar financiamentos e ou investir com recursos próprios para aumentar sua eficiência no processo de tratamento de esgotos. Enquanto isso constatamos que no final de 2022, sobra 300 milhões de reais em caixa. Ora, o Governo Municipal prefere fazer caixa e especular no mercado financeiro em detrimento a investimentos no setor de saneamento, alegando que não há recursos para tal. É um contrassenso total. Isso é o que comumente chamamos de incapacidade de gestão administrativa.

Engenheiro civil, diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), conselheiro do Departamento Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre (DMAE) e conselheiro da Astec

LIVRO DIÁRIO DE UMA PANDEMIA

 




                                                DIÁRIO DE UMA PANDEMIA

Dois Anos de Covid-19

PREFÁCIO

“Diário de uma Pandemia - dois anos de Covid-19”, de Celso Afonso Lima, resgata semana a semana os principais acontecimentos dos anos de 2020, 2021 e até a metade de 2022. As medidas de isolamento impuseram a centenas de milhões de pessoas em todo o mundo modificações no comportamento e romperam o convívio social físico humano. Celso Afonso Lima desenvolveu um verdadeiro método para enfrentar o isolamento: acompanhava diariamente a imprensa, confrontava as notícias com informações balizadas, avaliava sua importância e pertinência, e escrevia! O cultivo da escrita, de uma escrita sistemática e racional, pautada por valores de convivência, pela vida, enfrentou as variadas expressões da necropolítica do governo Bolsonaro, e essa luta em que a pena é a espada, convertia-se na própria arma de Celso Afonso Lima contra a ansiedade e a solidão da pandemia.

A intensidade da pandemia favorece seu esquecimento, mas a verve de Celso não aceita entregar a experiência de mão beijada. Ao aceitar integralmente as armas da razão, Celso, desliza para outras racionalidades, incorpora reflexões indígenas, reorienta seu pensamento, refaz seu humor, toma um gole de água para aliviar sua enorme sede de justiça, e nos oferece a expressão de força e esperança em seguir sua jornada, que é nossa, de todas e todos.

O sofrimento que todos conhecemos, se não negamos a gravidade do que se passou nos dois primeiros anos de pandemia aqui no Brasil, o sentimento de ficarmos incertos sobre a nossa sobrevivência fez com que jogássemos com todas as nossas fichas, e Celso Afonso Lima jogou pesado. Suas fichas mostraram uma grande capacidade de pesquisa e avaliação, suas fichas carregaram o alto valor de sua inconformidade e, sobretudo, expressaram grande carga de esperança. Todo o diário é permeado de afeto, são textos construídos com grande esmero, cheios de informações e confrontações, escritos para leitoras e leitores sensíveis, que quisessem e queiram saber sobre a importância do autocuidado social, da democracia e a importância do Estado para a vida nas sociedades contemporâneas, uma elucidação franca e amigável.

Lembranças, amizades, leituras, músicas, a televisão, tempos de universidade, passeios de mãos dadas, seus cabelos a crescer, poesia, literatura e filosofia, tudo se acumula no texto de Celso pela sobrevivência. A inconformidade com a ameaça permanente de morte, com a estupidez do poder, com a ignorância e a irracionalidade é atenuada pela exposição dos fatos e confrontação dos argumentos, como quem se abaixa, levanta a cabeça da criança e a anima com uma explicação. Texto doloroso pelo que evoca, momento duríssimo para todos, acaba por apaziguar pela razão a angústia de continuarmos sobrevivendo ao fascismo, às milícias e à pandemia.

 

Tiago de Castilho Soares

Doutor em Sociologia Política/UFSC

Autor do livro “Désceo Machado nas chanchadas do CBN Brasil”


DIÁRIO DE UMA PANDEMIA

Dois Anos de Covid-19

 

NOTA DO AUTOR

                Quando a pandemia de Coronavírus se espalhou rapidamente pelo mundo e chegou até o Brasil, do norte ao sul do país, ficamos estupefatos com a avalanche de novos acontecimentos amedrontadores que alteravam nossas rotinas cotidianas. Os termos dominantes nos meios de comunicação de massa e nas redes sociais passaram a ser o uso de máscaras, isolamento social, uso de álcool gel e fique em casa.

Já no mês de março de 2020 dominavam os telejornais as divulgações dos números de novos casos de infectados de coronavírus e de mortes diárias por causa da pandemia de Covid-19, a gripe que o vírus causa provocando graves insuficiências respiratórias. Atônitos ficávamos apreensivos diante dos gráficos que demonstravam o assustador crescimento da gravidade da pandemia em nosso país, em nossa cidade e no nosso bairro. A Covid-19 estava entre nós, onde chegou acelerada e pegando geral.

Como é do meu hábito cultural, em situações de prolongados estresses a minha terapia de autoajuda costuma ser escrever crônicas ou versos narrando os episódios e suas implicações e desdobramentos. Nesse caso percebemos todos que estávamos diante de uma calamidade pública que mudaria radicalmente nossas vidas por um longo período.

Combinando a pandemia com a conjuntura política do Brasil, sob um governo negacionista, percebi que viveríamos numa batalha inesgotável de conflitos diários contra os preceitos científicos de combate à pandemia de Covid-19, pois o bolsonarismo estava sempre negando os protocolos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotados por todos os países do mundo.

Então comecei a fazer anotações dos principais fatos ocorridos diariamente, e passei a assistir religiosamente os telejornais para receber a minha overdose diária de más notícias sobre mortes e sofrimentos pelos sintomas da Covid-19 e pela falta de acesso aos hospitais superlotados. Bem como passei a registrar as peripécias e manobras negacionistas do governo bolsonarista para minimizar o que chamava de “gripezinha”. Comecei assim a escrever este meu Diário de Uma Pandemia, para me convencer a cada dia que no dia seguinte a luta pela sobrevivência consistiria em continuar isolado de quarentena em casa.

Com a população em isolamento social e usando máscaras nas saídas essenciais de casa, naquela época tinha muita gente trabalhando em home office e fazendo lives e vídeos com suas narrativas chamadas de podcasts nas redes sociais. Foi então que, em meados do mês de março de 2020, me animei a gravar no meu celular um vídeo com eu fazendo a leitura de um texto meu sobre a Subnotificação dos casos e mortes pela pandemia no Brasil. Foi assim que me tornei uma espécie de Youtuber, passei a postar no meu canal no Youtube minhas leituras para divulgar os textos do meu Diário de Uma Pandemia.

Logo em seguida recebi uma dica de que, ao invés de fazer a leitura dos meus textos impressos em folhas de papel, eu devia usar um aplicativo de teleprompter e ler os textos diretamente na tela do celular, evitando assim os desvios de olhar e tornando mais padrão “Jornal Nacional” a comunicação com o meu telespectador, por parecer estar falando de improviso.

A partir de então, obtendo algumas visualizações nas redes sociais do Youtube, Facebook e Instagram, fiquei estimulado a continuar desenvolvendo em forma de crônicas os registros dos episódios da tragédia diária que estávamos todos vivenciando, e a divulgar a leitura dessas crônicas do Diário de Uma Pandemia em vídeos nas redes sociais.

Ao final, no terceiro ano da pandemia do Covid-19, já tinha preenchido com anotações em manuscritos cinco cadernos do tamanho de um livro, que se transformaram em 42 crônicas divulgadas em vídeos. Crônicas essas que agora estou publicando aqui, neste formato de livro, que ainda é o arquivo ideal para os textos literários serem guardados.

Faço esta publicação sobretudo por que acredito que as narrativas das ocorrências registradas neste livro, quer sejam trágicas, pitorescas, grotescas ou ideológicas, descrevem a trajetória de uma realidade inimaginável antes e inacreditável no futuro, se não estiver acompanhada da descrição evolutiva diária dos fatos ocorridos. O fato é que durante esta Pandemia de Covid-19 a nossa geração vivenciou uma realidade de um surrealismo ficcional cinematográfico. De tal forma que as gerações futuras não vão acreditar, com a devida dimensão, por tudo o que a gente passou e sofreu de angústias e medos, se não for narrado com o pânico do realismo minucioso do dia-a-dia, como o descrito neste Diário de Uma Pandemia: Dois Anos de Covid-19.

Junho de 2022

Celso Afonso Lima