A ex-ministra
Marina Silva acusou o golpe baixo sofrido pela decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) de rejeitar o registro partidário à Rede Sustentabilidade. No
mínimo é de causar estranheza a facilidade com que outros novos partidos
tiveram aceitas pelos cartórios eleitorais suas assinaturas de apoio.
Por exemplo, o
idealizador e dono do novo partido Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da
Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força Sindical, que já foi condenado por improbidade
administrativa, teve a criação da sua legenda envolvida em polêmica nacional de
fraudes na coleta de assinaturas de apoio pelo país, mas foi aceito pelos mesmo
TSE dias antes da rejeição do partido da
Marina.
Sem apresentar
justificativas foram impugnados mais de 90 mil apoiadores da Rede
Sustentabilidade; talvez até o meu apoio para a criação do novo partido tenha
sido cassado. Alguém é tão ingênuo de acreditar que o grande potencial e
fenômeno eleitoral que é a Marina Silva, ao ponto dela constituir uma ameaça à
candidatura oficial para a presidência da República, não teve nenhuma
influência para haver este rigorismo burocrático cartorial no julgamento e nas impugnações dos
apoiadores da Rede?...Hein?... Fala sério!
Sou agnóstico
e apartidário, mas confesso que me interesso pelas questões religiosas que
envolvem a reencarnação neste planeta e gosto do jogo político, da política
como um jogo de tabuleiro de movimentação estratégica de peças. Quando a ex-senadora
Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente do primeiro governo Lula,
trouxe toda a sua história de luta amazônica junto com o Chico Mendes para o
Partido Verde do Gabeira, eu tentei me iludir que estava se formando o tsuname
da esperada Grande Onda Verde.
Cá entre nós, como uma pessoa evangélica
Marina Silva tem incontornáveis limitações teológicas no campo científico da
pesquisa genética de células tronco, na manutenção de um Estado laico; também
na área dos comportamentos sociais, tais como na questão do aborto e da homossexualidade.
Portanto Marina Silva, lamentavelmente, não consegue agregar o suficiente em
sua campanha política de evangelização para formar a grande onda verde
profetizada que esperamos. Mas bem feito, tanto sacanearam para inviabilizar a
candidatura dela que ela resolveu revidar ao Palácio do Planalto fortalecendo o
azarão que corria por fora. Mataram a sua candidatura, mas ela morreu
ressuscitando o morto Eduardo Campos, marqueteiro do PSB que agora, com a
adesão dela, entra de vez no páreo pra disputar nas cabeças como um tipo de new
Aécio Neves repaginado ao estilo Collor de Melo!
Contudo, novas
forças, lideranças e práticas políticas estão surgindo a partir das Vozes das
Ruas gritadas durante o mês de junho, agregando outras bandeiras de lutas #urgentes (como reformas políticas através de uma
“Constituinte Exclusiva”) para formar a Grande Onda Verde Libertária. A história
se repete avançando e construindo novas ferramentas de lutas, assim como no seu
momento histórico construiu o Partido dos Trabalhadores, feito com caras novas
que, ao se misturarem com as velhas
raposas, já não se distinguem mais uns dos outros. Por isso mesmo, assim
como no passado, a cultura militarista permanece fortalecida com suas máscaras
e escudos de defesa e armas físicas e químicas de ataque, e que agora também vandalizam
a legislação.
Conforme o
professor da PUCRS e juiz de direito Ingo Wolfgang Sarlet: Legislação que proíba o uso de máscaras importa em restrição ilegítima
da liberdade de reunião e manifestação. Embora a Constituição expressamente
proíba o anonimato, tal proibição não resulta inconciliável com a possibilidade
de uso de máscaras. Desde o período das tragédias gregas o uso de máscaras
assume precisamente uma determinada forma de expressão do pensamento popular,
quer seja carnavalesco, religioso ou
político. Pelo outro lado, espiões da polícia militar infiltrados nos
movimentos são reiteradamente flagrados forjando incriminações dos ativistas, e
estão realizando processos judiciais caracterizados pelos partidos de esquerda
como perseguições políticas, com autorização judicial para vasculhar a casa e a vida das pessoas;
inclusive apreendendo livros do Bakunin (eu tenho vários!) como prova criminal
suficiente. Está havendo uma caça às bruxas pela polícia civil e pelo
insubordinado militarismo que não se submete nem à Comissão da Verdade, com o
amém dos governos para criminalizar os Movimentos Sociais.
Com esta
moçada medonha que se mantém em luta permanente, enfrentando as forças de
repressão e pressionando as câmaras legislativas e os palácios dos governantes,
a defesa do meio ambiente planetário pelo desenvolvimento sustentável com
democracia real há de ser uma distinção inconfundível de racionalização da
política e da vida sem fronteiras!...A Grande Onda Verde Libertária e
Participativa ONLINE continua sendo o sonho possível de ser sonhado hoje por nós de esquerda, juntamente
com os nossos filhos e netos, com a preocupação de minimizarmos a
depredação da qualidade de vida dos
netos dos nossos filhos: #Vemprarua!
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